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Mac OS X 10.6 Snow Leopard: grátis?

Quando surgiram as primeiras informações sobre a próxima geração do sistema operacional da Apple, muitos se indagaram: “Peraí, se a Apple está interrompendo a implementação de novos recursos, o que ela usará como jogada de marketing para vendê-lo, no ano que vem?” Bom, esta pergunta ainda não tem resposta, mas pode-se especular.

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Pra começo de história, tal citação de Bertrand Serlet — vice-presidente sênior de engenharia de softwares da Apple — não é, exatamente, uma verdade. Ela foi direcionada aos consumidores que pulam de alegria a cada update do Mac OS X, quando a Apple anuncia Exposés, Dashboards e Spaces da vida. É esse tipo de novidade que o Snow Leopard não trará. Por debaixo dos panos, porém, ele trará muita coisa boa.

Mac OS X 10.6 Snow Leopard

O fato é que a Apple não diminuiu o ritmo de desenvolvimento do seu sistema, o que significa que ela tem trabalhado diária e intensivamente nele tanto quanto o faria se viesse nos prometendo, mais uma vez, “300 novos recursos no Snow Leopard.” Imagine, portanto, a quantidade de melhorias que estão sendo implementadas ao sistema, no que diz respeito à sua estabilidade, performance, segurança e até, como já sabemos, o seu próprio peso no disco-rígido.

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Ainda assim, pode anotar: ele virá recheado de novos recursos. Eles só não serão atraentes para o usuário comum. Os alvos, desta vez, serão dois: 1) Desenvolvedores. 2) Corporações.

Com sua nova tecnologia OpenCL, a Apple está trabalhando fortemente numa nova base para softwares desenvolvidos para o Mac OS X, que explorarão cada vez mais os diversos núcleos dos processadores de hoje em dia e, mais ainda, as fantásticas placas gráficas que acompanham os Macs mais recentes.

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No lado empresarial, uma palavra será muito forte no Snow Leopard: Exchange. Como também já foi descoberto, o Address Book — e pode botar aí no meio também iCal, Mail etc. — virá com suporte ao Microsoft Exchange. A Apple não quer só o iPhone no mundo corporativo; ela quer que os Macs, cada vez mais, se insiram neste mercado, hoje visivelmente dominado por PCs com Windows.

Snow Leopard em Macs

A previsão é de que o Mac OS X 10.6 chegue ao mercado “dentro de um ano” — mais um posicionamento bastante confortável adotado pela Apple. Se ela conseguir entregá-lo antes disso, ótimo. Porém, a forma como definiu o timeframe do Snow Leopard lhe dá liberdade para, se quiser, “atrasá-lo” em 3 meses, que seja, sem que a sua reputação seja afetada.

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E aí entra a questão fundamental, o preço: Gene Steinberg, do The Mac Night Owl, aposta que o sistema será gratuito. Ele seria, portanto, “um presente da Apple aos milhões de consumidores que permaneceram fiéis à plataforma Mac por tantos anos.” É uma possibilidade, de fato. Isso, é claro, se falarmos em upgrade; a caixa do sistema, na loja, não teria por que ter seu preço alterado, afinal, nova versão ou não, trata-se de um sistema operacional completo.

Daniel Eran Dilger, da RoughtlyDrafted Magazine, por outro lado, acredita que isso não seria viável e, mais do que isso, de que a Apple não precisa mexer em nada. No mínimo, ela poderia ter sérios problemas, num futuro Mac OS X 10.7, por exemplo, de voltar a vendê-lo pelo preço normal de US$129. Mas seu argumento principal é o de que os que não acharem o preço do Snow Leopard — seja lá qual for — válido para o upgrade são os mesmos que o adquiririam via “métodos alternativos” — se é que me entendem.

Um aspecto interessante nessa história toda é o codinome escolhido pela Apple para esta próxima versão, algo completamente inesperado por todos nós, diga-se de passagem. “Snow Leopard” não é nada mais do que o “Leopard” com “Snow”. Isto é, filosofando um pouco e trazendo para a prática, o Snow Leopard será o Leopard com algo a mais. Um Leopard melhorado, finalizado, mais completo. Desta maneira, não fará sentido cobrar outros US$129 por este “adicional”, correto?

No final das contas, eu mais uma vez lembro: a Apple não é uma empresa de software. Seu lucro vem de vendas de Macs e, agora, de iPods e iPhones. O Mac OS X e seus softwares só são alavancas para a venda dos seus hardwares. Daqui a um ano, veremos qual será a escolha da Apple para comercializar o novo sistema; aposto que, se ela decidir cobrar metade por ele — US$69, que seja —, ela atingirá a satisfação dos seus usuários e continuará promovendo a venda de mais e mais Macs mundo afora.

Que venha o bichano!

[Dica do Caio Sens, obrigado!]

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