O build 10A432 do Snow Leopard aparenta ser a versão final do próximo sistema operacional da Apple, estando no caminho de produção das caixas que serão colocadas nas lojas no mês que vem. Apesar de informações oficiais sobre ele não terem vindo a público, o AppleInsider publicou hoje alguns detalhes do seu processo de instalação, ressaltando ainda que técnicos do suporte da empresa colocaram as mãos nele, possivelmente para preparar o conteúdo de suporte que virá ao ar no lançamento.
Comentei algumas mudanças curiosas sobre ele na instalação do Developer Preview distribuído na WWDC ’09, e até comentei ainda mais quando descrevi suas opções para quem roda Tiger ou Leopard. Independente do caso no qual você se aplique, o processo dá sinais de que não será semelhante aos anteriores, mas as mudanças deverão ser iguais tanto na cópia de US$30 quanto para o Mac Box Set (destinado ao Tiger).
Opções
As opções Archive & Install e Erase & Install vão sair de cena, para facilitar o fluxo do instalador aos usuários leigos. Então, quem quiser apagar todo o conteúdo do HD para uma instalação limpa deverá conhecer bem o Utilitário de Disco (Disk Utility) integrado ao DVD, que fica em um local “difícil” de se perder do fluxo padrão.
Isso não quer dizer, contudo, que não teremos formas de customizar a instalação. No método padrão, o Snow Leopard irá remover o suporte ao ambiente Rosetta, que foi essencial para a transição PowerPC » Intel, por traduzir binários compilados para o hardware de legado em tempo real. Quatro anos depois, ele está se tornando um opcional — que eu não vou ignorar, julgando que o software capaz de salvar a sua vida um dia poderá vir incompatível com Macs Intel.
Outro software que virá opcional, segundo rumores, é o QuickTime 7, que continuará na instalação do Snow Leopard para suportar vídeos em codecs mais antigos que MPEG-4 (H.264).
Reinstalar
A reinstalação sempre será feita em um processo semelhante ao Archive & Install: a pasta Home é isolada no HD e uma instalação limpa é realizada. No processo, nenhuma pasta Previous System ocupa espaço extra em um local que o usuário com privilégios normais não possui acesso.
Outra novidade é que o processo de reinstalação do Snow Leopard é inteligente o bastante para preservar as suas atualizações e manter a versão atual do SO intacta, se elas tiverem sido instaladas. Por exemplo, se você estiver instalado um update 10.6.1, ele o reconhecerá no sistema e o preservará em uma futura reinstalação, em vez de zerá-la.
Outros detalhes
Como já sabemos, a instalação do Snow Leopard teve um ganho considerável de confiabilidade em relação à das versões anteriores do Mac OS X. Além de estar mais rápida, se ela for interrompida abruptamente por uma queda de energia, pode continuar de onde parou sem problemas.
Existe ainda um check de compatibilidade automático, que previne a falha da atualização por aplicativos incompatíveis. Graças ao feedback de desenvolvedores, ele foi construído de forma a identificar se um aplicativo pode não funcionar depois de o sistema ser atualizado e, caso seja essa a situação, ele é movido para uma outra pasta, chamada Incompatible Software — não estranhe se o OnyX ou outro software Leopard-only for movido para lá.
Uma das técnicas que a Apple empregou para tornar a instalação mais rápida nesta versão do Mac OS X é copiar uma montanha de coisas para HD. Sim, era isso que a Microsoft fazia até o Windows XP, mas, no caso dela, o disco controlava o processo. O Snow Leopard age de forma diferente: os arquivos vão para o Mac de uma vez, justamente para tornar a atualização uma tarefa dele, e não do DVD.
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Bom, nós avisamos que essas mudanças poderiam vir e, agora que vieram, teremos de nos preparar para não termos inconvenientes na hora errada. Ainda assim, se a Apple está tomando esses cuidados, migrar para o Snow Leopard será algo fácil e não tão lento para quem costumava esperar bastante para colocar “um novo Mac” no seu Mac.
