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Google revela Chrome OS em Mountain View

Conforme previsto, o Google revelou hoje os detalhes do seu sistema operacional completamente baseado na nuvem, o Chrome OS. Ele não foi lançado hoje — isso deverá acontecer daqui a um ano, segundo os executivos da empresa —, mas foi demonstrado para uma pequena plateia composta de jornalistas, exibindo uma realidade de vida com o computador completamente diferente em relação ao que estamos habituados.

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No Chrome, browser lançado há pouco mais de um ano, a gigante de buscas fez enormes progressos em HTML 5 para habilitar mais funcionalidades que aproximem o modelo de programação da internet com o nativo — permitindo o uso de gráficos, áudio/vídeo e recursos para web apps funcionarem integralmente sem conexão de rede. Tudo isso foi alcançado nos navegadores abertos e o Chrome OS, revelado hoje, é uma proposta para que essas funções resultem em um ambiente de trabalho sem muitas complexidades existentes nos atuais computadores.

O sistema atinge isso em três áreas: a primeira é velocidade. Na versão atual, ele é muito rápido, pois não possui nenhuma complexidade de kernel ou serviços extras que possam aumentar o seu tempo de boot ou outras tarefas. Através de um teste feito hoje com um netbook, o Google mostrou que seu novo produto é inicializado em sete segundos, após ser ligado manualmente.

Chrome OS

Muito trabalho será realizado na interface até que o Chrome OS seja lançado, mas no estágio atual ele se assemelha muito ao navegador Chrome. Toda a interação com o computador é realizada pelas janelas de um browser, e as abas de aplicativos (que apenas possuem o ícone na imagem acima) são separadas das páginas comuns onde o usuário navega como sempre. É possível ainda a abertura de múltiplas janelas — que podem ter um comportamento similar ao Spaces do Mac OS X.

Falando em aplicativos, é aqui onde entra um segundo aspecto importante do Chrome OS: a simplicidade. Cada um deles é um web app, ou seja, nada é nativo aos olhos do usuário — consequentemente, todos os seus dados ficam na nuvem, facilitando a recuperação deles caso a máquina seja roubada. Além disso, existe um galeria para o usuário adicionar quantos web apps quiser, que podem interagir com a janela do browser por meio de abas comuns ou pequenos painéis, que até podem usar recursos multimídia — como áudio/vídeo, gráficos 3D e Flash.

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Por fim, vem a segurança: o Chrome OS é um sistema muito seguro. Ele possui a mesma arquitetura de múltiplos processos com sandboxing do browser do Google, então é muito confiável e resistente a vulnerabilidades. O sistema de arquivos, por sua vez, separa completamente os arquivos do sistema (altamente protegidos e sem privilégios de escrita) dos dados do usuário — sim, ele terá um navegador de arquivos por onde é possível interagir com conteúdo de periféricos —, sempre criptografados.

Chrome OS

Depois de apresentar todo o produto, o Google não quis se manifestar muito a respeito de prazos de lançamento: eles precisam de parceiros de hardware para uma distribuição de produtos baseados no Chrome OS por todo o mundo, mirando ainda componentes específicos — o sistema não suporta HDs, por exemplo, apenas SSDs. De qualquer forma, eles querem atrair interessados em trabalhar com o novo produto dentro do mundo open source; assim, seu código-fonte já pode ser obtido nos repositórios do Google.

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