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Executivo diz que Apple Arcade foca em diversão, não em lucro

O diretor sênior do Apple Arcade, Alex Rofman, concedeu uma entrevista ao The Guardian na qual ele falou sobre o planejamento por trás do serviço de jogos, bem como sobre o potencial do Vision Pro para games.

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Ele enfatizou as diferenças entre os títulos do Arcade e outros jogos, incluindo um foco na diversão dos usuários, e não no lucro. Vale notar que Rofman já havia comentado alguns aspectos do serviço em outra entrevista recente.

De acordo com ele, 2023 foi um ano importante para o serviço, com recordes em todas as métricas críticas. O executivo destacou o lançamento de Hello Kitty Island Adventure, por levar a personagem aos jogos, além da escolha de WHAT THE CAR? como Melhor Game do Ano nos prêmios Dice.

Em matéria de estratégia, ele afirmou que o Arcade foi pensado para girar em torno de jogos “divertidos e envolventes”, e não de um modelo de negócios, cronômetros ou anúncios. A ideia, então, não era necessariamente replicar os principais gêneros de games mobile ou superar sucessos como Candy Crush: “Focamos em jogos que não teriam tido uma oportunidade se não fosse pelo Arcade”, disse.

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Tim Garbos, cofundador da desenvolvedora de WHAT THE CAR?, destacou a possibilidade de, com o Apple Arcade, oferecer “experiências extremamente bobas, originais e premium para uma audiência muito ampla”. Ele ressaltou a dificuldade de imaginar os jogadores rindo com o game caso fossem interrompidos por anúncios.

Nesse sentido, Rofman destacou como os jogos free-to-play — que são grátis para baixar, mas têm compras internas e/ou anúncios — não são adequados para toda a família, especialmente pela insegurança quanto a compras acidentais feitas por crianças. O Arcade, nesse sentido, ganhou esse foco com o tempo, oferecendo jogos para todas as idades, além de versões de games já consagrados, como Super Fruit Ninja.

Jogos indie

O executivo, porém, reiterou o compromisso do serviço com jogos indie: “O Arcade é um lugar para jogos que, de outra forma, poderiam não existir e eu acho que essa é uma parte realmente importante da nossa estratégia”, afirmou. Ele disse também que a Apple financia o desenvolvimento de novos jogos, como WHAT THE CAR? e Sneaky Sasquatch — alinhados com os valores de não violência da empresa —, para que os desenvolvedores possam criá-los sem risco.

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Assim, o Arcade continuaria sendo uma vitrine para estúdios independentes com ideias criativas e inovadoras, algo que sempre será importante para a empresa, segundo o executivo. Há cerca de dois meses, vale lembrar, desenvolvedores criticaram o serviço por baixos pagamentos, cancelamento de projetos e uma menor a atenção justamente a jogos indie.

Em relação a essas críticas, Rofman afirmou que desenvolvedores com jogos cujas bases de usuários estejam crescendo verão bônus maiores, já que os pagamentos são baseados no engajamento. “Porém, como você pode imaginar, apesar da alta qualidade do nosso catálogo, nem todos os jogos no catálogo de mais de 200 títulos crescerá a sua base de jogadores mês a mês”, acrescentou.

Além disso, ele disse que “jogos são mais importantes para a Apple agora do que já foram antes”. Prova disso seriam os investimentos feitos nos processadores dos Macs, tornando-os capazes de rodar jogos de alto desempenho, bem como a capacidade dos iPhones mais novos de processar games mais avançados. Ele disse acreditar que a empresa continuará a investir e focar no setor de jogos, haja vista as altas capacidades dos dispositivos.

Vision Pro

Por fim, Rofman comentou sobre o potencial do Arcade para o Vision Pro — que deverá ganhar novos jogos feitos para ele no serviço, além dos já disponíveis. “Jogos espaciais provavelmente são a maior coisa nesse momento”, disse ele.

YouTube video

Para o executivo, o headset abre um novo mundo de possibilidades, o qual ainda dá os seus primeiros passos. O lançamento do produto representaria uma mudança após um período sem muitas inovações em matéria de interação desde a invenção de jogos por toque, ainda que os gráficos estejam melhores e as televisões, mais finas.

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O Apple Arcade conta com mais de 200 títulos no acervo (livres de propagandas ou compras internas), os quais podem ser acessados por até cinco membros de um Compartilhamento Familiar por iPhones, iPads, Apple TVs e/ou Macs. O serviço de jogos custa R$14,90 por mês e também faz parte do pacote de assinaturas da empresa, o Apple One.

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