Depois de meses, parece que as incertezas sobre a origem do novo Mac Pro estão, finalmente, encerradas. A Apple anunciou hoje que sua nova workstation profissional, ao contrário do que se previa, continuará sendo produzida em Austin, Texas (Estados Unidos) — da mesma forma que tem acontecido com o modelo “lata de lixo”, introduzido em 2013.
Se vocês estão meio perdidos na história toda, vale uma recapitulação: no fim de junho, o Wall Street Journal publicou uma matéria informando que, com a estreia da nova geração do Mac Pro, a Apple moveria sua produção para a China. A movimentação seria motivada por um corte de custos, mas iria contra toda uma tendência, dentro da própria Maçã, de mover suas operações para fora do País da Muralha — e, mais ainda, poderia estremecer ainda mais as relações da empresa com Donald Trump.
Não deu outra: após um pedido da Apple, o presidente americano afirmou que não concederia à gigante nenhuma isenção fiscal na fabricação do novo Mac Pro na China. A maré, entretanto, mudou ao longo da última semana, quando a Casa Branca decidiu que aprovaria a isenção de impostos relacionados a 10 dos 15 componentes dos novos computadores.
Foi exatamente essa decisão que levou à mais nova reviravolta na novela. Com a isenção fiscal das peças, a Apple poderá continuar produzindo o Mac Pro em Austin sem um impacto muito grande na conta das suas operações. E mais que isso: segundo a empresa, o valor dos componentes produzidos nos EUA na nova máquina é 2,5x superior em relação ao antigo Mac Pro “lata de lixo”, com peças desenvolvidas e produzidas em 8 estados americanos por mais de 12 fornecedoras.
O CEO Tim Cook compartilhou algumas palavras sobre a notícia:
O Mac Pro é o computador mais poderoso já feito pela Apple e nós estamos orgulhosos de montá-lo em Austin. Nós agradecemos a administração municipal pelo apoio ao possibilitar essa oportunidade. Acreditamos profundamente no poder da inovação americana. É por isso que todos os produtos da Apple são projetados nos EUA e feitos com peças de 36 estados, ajudando a manter 450.000 empregos em fornecedoras locais — e nós continuaremos crescendo a partir disso.
A Apple notou que a iniciativa de continuar fabricando o Mac Pro localmente faz parte do seu plano maior de investir US$350 bilhões nos EUA até 2023 — só no ano passado, a empresa injetou mais de US$60 bilhões na economia do país. É bom lembrar, também, que a Maçã expandirá significativamente sua presença em Austin com a construção do seu novo campus na capital texana.
Que bom, então, que tudo se resolveu no fim das contas.