Se a vida corporativa da Apple já era um poço de rumores, parece que o seu caixa de US$41,7 bilhões vai virar um outro à parte. Um dia depois de o The Register ter cogitado a possibilidade de ela adquirir a ARM, o jornal britânico Guardian publicou um esclarecimento feito pelo CEO da empresa, Warren East (foto ao lado), que questionou o motivo pelo qual especularam tal “absurdo”.
“Enquanto é animador ter o preço das nossas ações levantado por esses rumores, o bom senso diz que o nosso modelo padrão de negócios é excelente para empresas de tecnologia terem acesso a nossas inovações”, disse East. Se o objetivo da Apple em gastar US$8 bilhões na ARM fosse ter acesso à sua tecnologia, ela nunca teria criado um processador próprio como o A4, já baseado em arquiteturas licenciadas entre as duas empresas. “Ninguém precisa nos comprar”, concluiu East.
Tal opinião não foi exposta apenas pelo CEO da ARM, mas também por outros especialistas em tecnologia. Além de não precisar desembolsar bilhões de dólares para comprá-la (pois ela já possui acesso ao que precisa para construir seus gadgets), a Apple não é o tipo de empresa que vai atrás de outra corporação com influência sobre diversas fabricantes, ainda mais quando essa corporação é líder em fornecimento de semicondutores para celulares.
O Silicon Alley Insider acredita que, se existe uma empresa com real interesse e potencial de adquirir a ARM, essa empresa viria do seu próprio mercado de influência (como a Intel, por exemplo), e não do ramo de computação pessoal. Em termos de competitividade global, ela não é fácil de se tirar do mapa, e eu imagino que passar anos resolvendo questões burocráticas com governos para fechar uma compra dessa natureza está bem longe dos planos da Apple.