O melhor pedaço da Maçã.

John Sculley, o homem que demitiu Steve Jobs da Apple, fala sobre seus tempos de Maçã

Numa entrevista exclusiva concedida ao Daily Beast, John Sculley falou sobre sua infame decisão de demitir um dos sócios-fundadores da Apple em 1985 — decisão apropriadamente comparada a ser um editor que se recusou a publicar Harry Potter.

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Atualmente, com a Apple valendo mais que a Microsoft na Bolsa e produtos para os quais ninguém ainda tinha uma utilidade vendendo aos milhões, não faz sentido pensar em “demitir” Steve Jobs, mas Sculley nos traz um pouco de contexto a essa decisão tão controversa hoje, mas compreensível na época.

Um dos fatores a pesar na decisão é que a cultura corporativa da década de 1980 não tinha ainda exemplos de líderes visionários guiando empresas para o sucesso; ainda não tínhamos Googles ou Facebooks servindo de exemplo. Desta forma, alguém que comanda um time capaz de colar adesivos da Apple (os coloridos) no espelho do banheiro de um Rockfeller ou que aparece em uma reunião com a barba longa e, aparentemente, sem tomar banho há um tempo (segundo a lenda), uma pessoa assim parece destinada a ganhar um cartão azul, cedo ou tarde.

Vinte e cinco anos depois da decisão de pôr Jobs para fora da empresa que ele mesmo fundara, Sculley imagina que as coisas poderiam ter sido diferentes. “Talvez ele pudesse ter sido CEO e eu presidente”, o ex-CEO ponderou. Quanto ao presente, uma coisa é certa: mesmo estando há mais de 20 anos sem falar com Jobs, Sculley ainda nutre uma profunda admiração por ele e lhe dá todo o crédito pela Apple que vemos hoje. Seu arrependimento maior é o fato de não ter procurado trazer Jobs de volta logo que ele mesmo perdeu o cargo de CEO.

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Vendo isto, eu me pergunto: teria sido melhor se Jobs nunca tivesse saído da Apple? Não.

Logo da NeXTE creio que o próprio Steve concordaria comigo, pois você não consegue conectar os fatos olhando para frente, você só os conecta quando olha para trás. Se Jobs não tivesse saído da Apple, talvez ele nunca tivesse juntado as condições para criar a NeXT ou o NeXTSTEP (que mais tarde virou o Mac OS X), quem sabe ele não tivesse fundado a Pixar e Toy Story 3 não estaria para estrear.

Acho que devemos isso a Sculley. 😉

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