“Distribuição de apps ad hoc” é quase como o sonho mais dourado de todo mundo que se chateou com a decisão da Apple de limitar os aplicativos de terceiros no iOS àqueles disponíveis (e devidamente inspecionados) na App Store. Esse método de distribuição de apps é tão poderoso que foi preciso a Apple limitar o número de gadgets que podem receber aplicativos de um desenvolvedor, para evitar que alguns espertinhos começassem a vender apps nativos fora da loja oficial.
Mesmo com um número limitado de instalações, a distribuição ad hoc é uma ferramenta preciosíssima para desenvolvedores testarem versões beta de seus produtos e também para empresas poderem distribuir apps internos entre seus funcionários. Só que o processo para fazer isso era um pé no… desktop: era preciso mandar um arquivo .ipa
para o usuário, que precisava ser arrastado para o iTunes e só então sincronizá-lo com o gadget.
Pois bem, “era”… até a chegada do iOS 4.
Ninguém percebeu o significado disso quando foi anunciado em abril, mas o novo firmware trouxe a possibilidade de distribuir apps over the air, de forma talvez mais simples até do que a instalação diretamente da App Store.
No Parade of Rain explicam o processo detalhadamente, mas vou tentar resumi-lo: 1. mande seu app finalizado para um servidor; 2. mande um link para o email do seu beta tester; 3. quando ele clicar no link, o app será instalado diretamente no iGadget. Só isso!
Por que algo assim é tão importante? Porque fazer até 100 pessoas terem que sincronizar um iPhone com o iTunes só para poder testar uma beta do seu app é mais difícil do que pode parecer — aparentemente, quando as pessoas têm um recarregador de parede, elas não conectam o gadget ao computador. Agora imagine o quanto é simples receber um email, tocar em um link e já baixar o app! Fica muito mais fácil receber feedback, dessa forma.
Se você for desenvolvedor, faça este favor imenso às suas cobaias e esqueça a distribuição ad hoc do passado: abrace o novo, use a distribuição de apps over the air! É uma maneira de degustarmos o que a Apple ainda insiste em não habilitar no iOS. 😛
[via ReadWriteWeb]