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RIM aposta muito no sucesso do PlayBook contra o iPad; esquece a surra que BlackBerries levaram

Jim Balsillie - co-CEO da RIM

Em 2007 a Apple lançou o iPhone e, desde então, só notícias ruins aparecem para o BlackBerry, da Research In Motion. Aí, em 2010 a Apple lança o iPad e a RIM decide que vai derrotar primeiro a tablet, para só então voltar a investir nos smartphones. Faz sentido? Claro que não, e faz menos sentido ainda ao ver que ela pretende combater o iPad de 2010 em 2011, quando a Maçã já deverá lançar uma nova tablet.

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Jim Balsillie - co-CEO da RIM

Isso não impediu Jim Balsillie, co-CEO da RIM, de falar longamente sobre o quanto o PlayBook será fantasticamente superior ao iPad, durante uma apresentação de resultados:

Acredito que o PlayBook vai redefinir o que uma tablet precisa fazer. Acho que articulamos alguns elementos disso e creio que essa ideia de um SDK proprietário e apps desnecessários — apesar de haver um grande papel para os apps — acho que vai mudar no mercado, e eu penso que vai mudar muito, muito rápido. E eu acho que vai haver um forte apetite por fidelidade na web e familiaridade de ferramentas.

E mais:

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Então, acredito que o PlayBook eleva MUITO o nível em performance, e vocês vão ver mais. Eu acho que as coisas para empresas, nós vamos estendê-las seriamente. Acho que o BlackBerry ainda é o número um em colaboração social. E eu acho que, com o PlayBook e esse ambiente, vamos criar um novo padrão para performance e ferramentas, ferramentas muito poderosas. E vamos crescer muito, muito rápido.

Isso é apenas um trechinho: ele falou por vários minutos sobre o assunto (você pode ver uma transcrição completa no SAI). Eu só acho que, para justificar uma bravata dessas, é preciso ter algo muito, muito épico reservado — e dizer que o PlayBook vai ser algo incrível desse tanto vai depender da performance dele nas mãos dos consumidores, e não do que o co-CEO da fabricante acha.

E o BlackBerry, onde fica? No trimestre que se encerrou em novembro, foram vendidos 14,2 milhões de unidades. Na última conferência de resultados da Apple, Steve Jobs comparou os 14,1 milhões de iPhones vendidos com os 12,2 milhões de BlackBerries dos números da época, o que fez Balsillie retrucar, dizendo que a comparação não era válida.

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Agora é só esperarmos Jobs comparar os números da Apple no mês que vem com esses de novembro, e o ciclo vai se repetir ad infinitum: a tendência é os resultados do iPhone superarem os do BlackBerry sempre um mês depois de cada um ser revelado, e Balsillie vai dizer que a época do ano é a culpada. :-/

Eu gostaria que alguém iluminasse minha ignorância: salvo a dependência histórica absoluta que algumas empresas têm das soluções da RIM, qual o motivo para um consumidor preferir um BlackBerry a um iPhone, ou até mesmo a um Android? Diante da “eficiência” dessa resposta da RIM no campo de smartphones, por que alguém deveria apostar que com as tablets a coisa vai ser diferente? Só acredito no PlayBook depois de vê-lo lado a lado com um iPad 2.

[via The Loop]

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