Enquanto a indústria de rumores não conseguir descobrir algo menos batido que NFC como grande novidade da próxima geração do iPhone, acredito que a história mais quente de 2011 ainda seja a possibilidade de a Apple lançar uma versão de seu smartphone com preço mais acessível, predominantemente voltada para mercados emergentes, onde planos pré-pagos são mais comuns.
Particularmente, acredito que todos nós devemos torcer por isso, afinal de contas dois dos maiores mercados com esse perfil são a China (onde a Apple já fincou o pé) e o Brasil.
Charlie Wolf, da Needham & Company, acredita que as chances de a Apple lançar um “iPhone nano” são pequenas: o gadget é “monolítico” demais para se comprometer justamente o tamanho da tela, algo que afetaria severamente a experiência de uso no Mobile Safari e em apps de terceiros. Por outro lado, seria viável eliminar certas coisas na lista de componentes e, assim, chegar a um gadget funcional, porém mais barato.
Assumindo que o hardware de um iPhone sai por US$188 e que gastos adicionais acrescentem mais de US$100, Wolf presume que um corte na memória interna para 4GB resultaria num aparelho que poderia ser vendido com zero de lucro a US$250 ou com modestos 16% a US$300.
Ambos os cenários são improváveis, dado que a Apple só trabalha com lucro elevado em seus produtos físicos, mas se levarmos em consideração que engenheiros de Infinite Loop podem arquitetar cortes muito mais eficientes (leia-se “mágicos”) e que os custos além do hardware também poderiam ser de alguma forma abatidos, um “iPhone Light/Lite” a US$300 poderia render 33% de lucro para a Maçã — algo bem mais plausível, diante da margem bruta prevista de 38,5%, segundo dados oficiais da companhia.
Não que essa estratégia seja 100% segura: há sempre o risco de canibalização, diante de dois modelos de iPhone no mercado. Alguém se lembra do que houve com o iPod classic, quando o mini e, posteriormente, o nano foram introduzidos? Pois é, mas talvez a linha de smartphones da Apple já esteja no ponto de ser expandida como foi a de iPods— e manter o modelo do ano passado à venda não será mais o bastante.
[via AppleInsider]