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Analistas profissionais mais uma vez são passados para trás por blogueiros, em previsões sobre a Apple

Stocks no iPhone

Com mais um trimestre finado e mais resultados fiscais da Apple divulgados, é hora de saber quem acertou e quem errou em termos de previsões. Resumindo a ópera, os analistas profissionais, que estão muito bem empregados em bancos e firmas de investimento, erraram feio; já os blogueiros, que muitas vezes trabalham para si mesmos, acertaram em cheio.

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No geral, a única coisa que todo mundo errou foi a demanda excessiva pelo iPad 2, que prejudicou tremendamente as vendas — quisera a Motorola ter esse tipo de problema.

Quantitativamente falando, o Fortune Tech comparou as pontuações gerais dos analistas profissionais (vermelhos) e amadores (azuis) para chegar à tabela abaixo, que mostra todos os nomes avaliados de acordo com seu grau de acerto em receitas e ganhos por ação.

Comparação de desempenho de analistas no Q2 2011 - Fortune Tech

Dá pra perceber claramente que, tirando uma única exceção, todos os profissionais estão mal das pernas — que bom que nenhum deles parece se dignar a pedir perdão a seus clientes por ter errado tão feio. Tsc, tsc, tsc

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Mesmo assim, vejamos alguns pontos destacados pelos mais famosos deles:

Gene Munster, da Piper Jaffray

Chamou este trimestre de “monstruoso”, mantendo a indicação de “compra” para a AAPL. Munster prevê que a demanda pelo iPad 2 vai continuar maior que oferta até o final do próximo trimestre, mas manifestou alívio pelo fato de os desastres no Japão não apresentarem risco ao suprimento de componentes.

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Diante do sucesso do iPhone na China, um mercado tipicamente de celulares pré-pagos, o analista manifestou otimismo pelo crescimento da Apple em outros mercados similares. Por fim, Munster elevou o preço-alvo da AAPL de US$483 para US$554, classificando-a com “sobrepeso”.

Katy Huberty, da Morgan Stanley

Como sempre, Huberty traçou uma projeção de melhor/pior cenário para a AAPL, mas indicou que inúmeros dados do último trimestre corroboram resultados positivos no futuro, principalmente por causa da demanda irrefreável pelo iPad 2 e do comprometimento da Apple em repetir o sucesso ímpar que teve na China.

Estimativa de desempenho para a AAPL - Morgan Stanley

Há, contudo, preocupações a relatar: uma delas é a ausência de um novo iPhone em junho, o que poderá resfriar as vendas; outro possível problema é a lentidão da Maçã em adotar redes 4G, algo capaz de deixar investidores temerosos.

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Quatro catalisadores pouco observados deverão acelerar o crescimento da Apple no futuro: as vendas na Ásia, uma maior variedade de preços pro iPhone (leia-se “nano”), o lançamento de uma “Smart TV” e o domínio continuado do mercado de tablets.

Mark Moskowitz, da J.P. Morgan

Para Moskowitz, o “crescimento mágico” da Apple parece “desafiar a lei da gravidade” e investidores deverão continuar interessados, dado o impulso do iPhone e do Mac, além do fato de as vendas relativamente baixas do iPad 2 terem sido uma questão de timing no lançamento, e não demanda.

As estimativas da J.P. Morgan, que já eram mais otimistas que o consenso em Wall Street, foram habilmente ultrapassadas pela realidade. No geral, as preocupações assombrando o mercado foram esmagadas pelo desempenho da Apple, que favoreceu os mais otimistas.

O analista não crê que a próxima atualização do iPhone vá ser muito radical: ele acredita que haverá uma renovação, mas não necessariamente visual. A espera por um novo modelo em junho poderá provocar uma “mal estar de verão” nas vendas do gadget, então é bom os investidores estarem preparados.

· · ·

Hoje a NASDAQ:AAPL fechou o dia cotada a US$350,70, numa alta de 2,42% — uma boa recuperação, depois das sucessivas quedas desde o fim de março.

[via AppleInsider]

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