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Analistas reagem à divulgação de resultados da Apple para o FQ4 2011

Maçã e dinheiro

Quadro de performance de analistas - Fortune TechAnalistas financeiros que seguem a Apple tiveram uma surpresa desagradável ontem, com a divulgação dos resultados do quarto trimestre fiscal da companhia, pois pela primeira vez em muito tempo, as estimativas dos profissionais ultrapassaram a performance real da Maçã, ainda que tenham sido superiores às previsões da própria companhia.

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Por conta disso, algo inédito aconteceu: pela primeira vez em seis trimestres, analistas amadores levaram um banho dos especialistas, em termos de precisão, conforme destacou o Fortune Tech [ao lado: amadores em verde, profissionais em azul].

Um dos principais motivos para isso foi provavelmente a performance do iPhone, bem abaixo da esperada — ainda assim, com um aumento de vendas de 21% em relação ao ano passado, algo bem impressionante, se você parar pra pensar (ei, estamos falando do mesmo iPhone 4, com um ano de diferença!). Isso deverá mudar no próximo trimestre, dado o sucesso tremendo do iPhone 4S já em seus primeiros dias de vendas.

Comentando a performance da Apple especificamente, Gene Munster, da Piper Jaffray, disse estar desapontado com a venda de 17 milhões de iPhones (ele esperava 22 milhões), mas que isso deverá ser compensado pelo 4S — curioso notar que Munster esperava ver 2,5 milhões de vendas no primeiro fim de semana… e a realidade foi quase o dobro disso. O maior culpado pela performance pequena foi apontado como sendo a indústria de rumores, mas ela teria apenas deslocado as vendas de um trimestre para outro.

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A fidelidade dos usuários de iPhones foi destacada como um ponto positivo para a Maçã, pois se 80% das pessoas que compraram iPhones em 2010 fizerem um upgrade no ano que vem, as receitas da companhia poderão crescer 30%. Por fim, o iPad é visto como uma peça-chave do crescimento da companhia (quase 25% das receitas vieram dele, neste trimestre) e as estimativas da Apple para o FQ1 2012 foram consideradas por Munster como menos conservadoras que o usual, o que indica uma forte aposta no sucesso tanto do iPad quanto do iPhone no fim do ano.

Mike Abramsky, da RBC Capital, chamou esta performance de “transição” e aposta que a Apple tem na manga catalisadores poderosos para alcançar suas próprias previsões otimistas. Abramsky alertou os investidores de que este trimestre que acabou pode causar uma certa volatilidade temporária na AAPL, ofuscando parcialmente as promessas do iPhone 4S e do crescimento na Ásia. Por fim, o analista apostou em receitas de US$34 bilhões para o próximo trimestre — bem abaixo da previsão da Apple, que costuma ser sempre conservadora (tanto que nem a performance “decepcionante” que acabamos de ver ficou abaixo da previsão da companhia). Se ele acertar, Deus ajude Tim Cook, pois o Atlântico vai virar um poço de lava…

iPhone 4S deitado

Katy Huberty, da Morgan Stanley, chamou o FQ4 de “solucinho”, não vendo nenhum problema estrutural com a performance da companhia no período. “Acreditamos que Wall Street subestimou o quanto o trimestre de setembro era uma transição para o iPhone, mas com o embalo forte a começar de outubro, não vemos as vendas leves do iPhone como motivo de preocupação”, disse. O crescimento abaixo do esperado para o iPad, porém, foi considerado uma “falha real”, com um aumento sequencial de meras 600.000 vendas.

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Charlie Wolf, da Needham, não se surpreendeu com a performance inesperadamente baixa do iPhone, destacando que nem todo trimestre precisa ser explosivo. Brian Marshall, da ISI, acha uma piada dizer que as vendas do iPad foram desapontadoras, com um aumento anual de 166%. Chris Whitmore, do Deutsche Bank, comparou este trimestre com uma parada de um montanhista para respirar. Brian White, da Ticonderoga, chamou o trimestre de “cisne negro” (não sei se o da Natalie Portman ou o da Mila Kunis, mas whatever…), com uma pausa na explosão do iPhone 4 para a entrada do 4S e uma surpresa guardada para o próximo trimestre.

Uma coisa com que todos os analistas concordam? Compre AAPL — a baixa em torno de 5% antes da abertura dos mercados, ainda como reflexo da performance anunciada ontem, pode indicar que este é o momento ideal para isso. Os preços-alvo vão de US$500 a US$666 — uma baba, comparado com o atual, de US$422,24.

[via AppleInsider, Fortune Tech]

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