É estranho, pensar que um cara cujo nome aparece em 313 patentes não seja classificado como “inventor”, mas foi exatamente isso o que Malcom Gladwell fez em um texto para a New Yorker: Steve Jobs não era um inventor, era um tweaker — um modificador, numa tradução livre.
Explorando diversos trechos da biografia de Jobs (ou seja, quem não quiser spoilers deve apertar Command+W agora como se não houvesse amanhã), Gladwell percorre as histórias da Revolução Industrial e a personalidade do cofundador da Apple, passando por trechos luminosos e sombrios, para chegar à conclusão de que inventar algo do zero é importante, tão importante quanto fazer desse algo uma coisa incrível.
Jobs se ocupava dessa última atividade. Não foi ele quem inventou o tocador de músicas portátil, nem foi ele quem inventou o iPod, mas foi ele quem viu o quão fenomenal seria o iPod, quando este lhe foi apresentado aos poucos pelo time de pessoas brilhantes que trabalham na Apple. A mesma coisa pode ser dita sobre praticamente tudo o que caiu da Macieira.
A legenda da bela ilustração do artigo, por sinal, resume bem a mensagem: “A sensibilidade de Jobs era mais editorial que inventiva. ‘Eu vou saber, quando vir’, ele dizia.” O melhor de tudo é que ele realmente sabia e quase sempre estava certo.
[via parislemon]