De tempos em tempos, a Apple gosta de lembrar ao mundo o quanto é uma empresa — ao menos na sua face pública — preocupada com o meio ambiente e sempre disposta a desenvolver iniciativas para tornar seus produtos e operações mais ecológicos. Dessa vez, a Maçã resolveu tornar suas atenções a um aspecto que, muitas vezes, no nosso afã de pegarmos nas mãos os novos produtos, nos esquecemos: as embalagens.
Em um relatório [PDF] compartilhado hoje, denominado Apple’s Paper and Packaging Strategy (Estratégia de Embalagens e Papel da Apple), a empresa fala um pouco sobre as evoluções que tem posto na sua criação dos invólucros para os seus produtos, compartilhando dados sobre a diminuição do emprego de materiais não-biodegradáveis.
Em um dos primeiros tópicos do documento, a Apple aborda as suas três prioridades para guiar seus esforços na área de embalagens:
- Reduzir o impacto na mudança climática usando fontes de energia renovável e priorizando a eficiência energética nos produtos e instalações;
- Conservar recursos preciosos empregando materiais com eficiência, usando mais materiais recicláveis e/ou renováveis nos produtos e reavendo estes materiais no final do ciclo de vida dos produtos;
- Identificar, desenvolver e utilizar materiais mais seguros nos produtos e processos.
Em um ponto interessante, a empresa fala especificamente da evolução das embalagens do iPhone, o produto mais vendido da Apple e, portanto, aquele que mais produz lixo com embalagens. Enquanto a caixa do iPhone 6s utilizava duas bandejas de plástico empilhadas (uma para posicionar o próprio aparelho e outra para os acessórios), o invólucro do iPhone 7 teve uma mudança de design que permitiu que todos os componentes fossem posicionados com apenas uma peça, diminuindo o uso de material. Além disso, o próprio material utilizado mudou, passando do plástico para uma fibra biodegradável.
Considerando essa mudança, a da peça que envolve os EarPods (que deixou de ser de plástico e passou a ser de papel-cartão) e da fibra que envolve as caixas, a Apple conseguiu evoluir bastante o seu emprego de materiais em apenas uma geração do iPhone, como mostra o gráfico abaixo:
Em seguida, o documento ainda detalha os esforços da Apple em manter florestas sustentáveis para exploração de materiais em dois países: nos Estados Unidos, por exemplo, essa iniciativa está ligada ao The Conservation Fund, como já detalhamos neste post. Já na China, a Maçã fechou uma parceria com a WWF (World Wildlife Fund, uma das maiores ONGs ambientais do mundo) para desenvolver técnicas locais de sustentabilidade.
Tudo muito bonito, mas ainda há espaço para melhora — e a própria Apple reconhece isso, afirmando que continua buscando soluções para tornar as suas embalagens ainda mais eficientes e menos prejudiciais ao meio ambiente. Contanto que a empresa não nos entregue iPhones em sacos de padaria, eu dou meu total e completo apoio a isso; o planeta e as futuras gerações, claro, agradecem.
via 9to5Mac