Diferentemente de outras empresas, a Apple sempre foi uma companhia fechada, reclusa. É bastante incomum vermos notícias pessoais de seus executivos, assim como sabermos de parcerias, projetos ou negociações realizadas por ela. E, quando o assunto é lobbying (influenciar decisões do poder público em favor de interesses privados), parece que a Maçã escolheu seguir esse mesmo caminho.
Conforme podemos ver no gráfico acima, de autoria do POLITICO.com, a Apple é uma das gigantes que menos gasta dinheiro com lobbyng — comparativamente, o Google, primeiro da lista, “investiu” dez vezes mais que ela no primeiro trimestre de 2012.
Para Jeff Miller, ex-assessor sênior no Subcomitê Antitruste do Comitê Judiciário do Senado Americano, a estratégia de não se envolver em Washington não foi benéfica para outras empresas as quais tomaram essa atitude. Miller disse ainda que, durante seus oito anos de serviço, nunca teve uma reunião com algum lobista representando a Apple.
O problema para alguns é que, antes, a Apple não chamava tanta atenção. Agora, a empresa está inclusive na mira do Departamento de Justiça (Department of Justice, ou DoJ) do país acusada de fixar preços de ebooks, e a falta de um diálogo mais aberto com representantes do governo poderá prejudicar a empresa.
No começo do ano passado, a Apple contratou uma firma para cuidar desses assuntos na capital dos Estados Unidos, contudo, os “esforços” da empresa pararam por aí.
Como disse no primeiro parágrafo, a atitude da Apple pode não ser a melhor, todavia, é coerente com as suas práticas internas, então esse “fechamento” não é de se espantar. Resta saber se o atual cenário jurídico forçará a companhia a mudar seus hábitos.
[via GigaOM, Business Insider]