O melhor pedaço da Maçã.

Para o CEO da Brightcove, a “iTV” nada mais é do que uma combinação de iGadgets, apps, AirPlay e um monitor de TV

Televisor passando filme do Batman

Não é novidade para ninguém que Steve Jobs queria revolucionar o mercado de TVs — seu biógrafo, Walter Isaacson, já deixou claro que a Apple planeja algo mais que a atual Apple TV para essa área. Durante a conferência D10: All Things Digital, Tim Cook, CEO da Maçã, disse que o segmento de TVs é uma área de grande interesse para a Apple. A Federal Communications Commission (a “ANATEL dos Estados Unidos”) está considerando uma mudança que poderá beneficar (e muito) a firma de Cupertino, colocando-a no mesmo patamar de empresas como Comcast, Time Warner Cable e DirecTV, na questão de negociação/distribuição de conteúdo. Devido a todos esses fatores, algumas pessoas — como o analista Gene Munster — dizem que uma “iTV” não é mais questão de “se”, mas sim de “quando”.

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Contudo, analisando todas as peças/rumores em torno do televisor da Apple, será que esse produto viria mesmo na forma de um TV? Para Jeremy Allaire, fundador, presidente e CEO da Brightcove, não. Em um artigo para o AllThingsD, Allaire disse que a forma como consumimos televisão hoje está mudando, e essa transformação pode ser vista no ecossistema da Apple.

Televisor passando filme do Batman

Para o executivo, a Maçã não entrará na guerra dos provedores de conteúdo, agindo basicamente como uma película de interface para a “nova TV”; e essa interface viria na forma de apps. A TV a cabo que conhecemos hoje seria “resumida” a apps. Toda a concepção por trás da TV poderia ser trazida para iPads, iPhones e iPods touch, e, exatamente por isso, a Maçã não precisaria lançar uma TV para embarcar seu software nela — o televisor funcionaria “apenas” como uma tela de alta resolução — e só — enquanto que o coração de tudo estaria em gadgets.

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Em resumo, o iPhone e o iPad em seu bolso ou na bolsa são a próxima geração de set-top box de TVs; eles são altamente pessoais e sociais, capazes de levar centenas de milhares e em breve milhões de aplicativos interativos e experiências para o seu aparelho de TV.

Obviamente, uma peça importantíssima disso é o AirPlay, o qual fará a conexão disso tudo. Na visão de Allaire, usuários vão procurar pelo conteúdo no conforto de seus gadgets e facilmente jogar o conteúdo para suas TVs. O pulo do gato virá mesmo quando desenvolvedores começarem a criar mais e mais apps com as chamadas duas telas (dual screens): quando o conteúdo estiver sendo transmitido para a TV, via AirPlay, a tela do gadget será assumida por outro tipo de conteúdo, normalmente relacionado ao exibido no televisor — alguns apps já fazem uso disso. O executivo reconhece que ainda existem muitos problemas na implementação do AirPlay, mas que isso tudo mudará quando a Apple soltar uma grande atualização para o recurso.

Apple TV com AirPlay em "dual screen"

A Maçã irá melhorar a Apple TV que conhecemos hoje, tornando-a cada vez menor, mais leve, podendo até mesmo ser colocada em cima de televisões. No futuro, o gadget virá com uma câmera e sensores de movimento, além de reconhecimento de voz. Paralelamente, Allaire acredita que a companhia poderá, sim, lançar um televisor, com o melhor do que a tecnologia pode oferecer, e com uma Apple TV embarcada. Por quê? Porque ela pode — e porque todo mundo vai querer comprar. Para o executivo, a televisão da Apple não está no hardware, e sim nos 500 mil apps que já estão na App Store — e os milhares que ainda virão.

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Em partes, concordo com Allaire. A Apple poderia facilmente continuar com a atual estratégia, melhorando cada vez mais seu ecossistema e a Apple TV que conhecemos hoje. Apesar de fugir do que encontramos em outros iProducts, nos quais a empresa controla hardware e software — afinal, você precisa de um TV de outra fabricante para que tudo funcione —, a ideia faz sentido. O que *não* faz é a empresa oferecer tanto este cenário como outro no qual ela entrega uma televisão completa. Acho muito difícil; um ou, ou outro.

Independentemente do que acontecerá, os “concorrentes” da Apple estão com medo, e isso é fato. Não é à toa que o CEO da DirecTV, Michael White, foi a público dizer que uma possível televisão da Apple não tornaria a tecnologia da empresa obsoleta — praticamente dando um recado a seus investidores: “Ei, continuem apostando na gente!”

Na sua opinião, qual será o plano da firma de Cupertino: veremos uma evolução da Apple TV, ou de fato o nascimento de uma “iTV”?

[via 9to5Mac, GigaOM]

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