E as descobertas do 9to5Mac relacionadas ao iOS 14 — o site conseguiu colocar as mãos em uma compilação do futuro sistema operacional e vem destrinchando diversas novidades dele nas últimas semanas — não param de surgir. Desta vez, temos algo relacionado à distribuição e utilização de apps no SO.
As novas informações dão conta de que a Apple estaria trabalhando em uma maneira de oferecer a possibilidade de usarmos partes específicas de apps sem precisar instalá-los. Caso se confirme, o recurso permitirá que usuários tenham acesso a algumas funcionalidades de apps de terceiros simplesmente digitalizando um código QR.
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Atualmente, se você abre um link ou escaneia um código QR de um app que você tem instalado, esse tal app é aberto; se você não tem o app instalado, é então redirecionado ao Safari. E é exatamente isso que poderá mudar graças a uma nova API1Application programming interface, ou interface de programação de aplicações. chamada internamente de “Clips” (“Clipes”).
O recurso em si não é uma grande novidade no mundo mobile. Em 2018, o Google já havia feito algo parecido no Android com um recurso chamado Slices.
Mas vamos voltar ao recurso do iOS: por essa API, desenvolvedores poderão oferecer conteúdos interativos e dinâmicos dos seus apps, mesmo que o usuário não tenha tal aplicativo instalado. Pelo menos na análise feita pelo 9to5Mac, esse recurso estaria diretamente ligado a esse leitor de código QR — só assim o usuário poderia digitalizar o código vinculado ao aplicativo para interagir com ele.
Ficou difícil de entender? Aqui vai um exemplo de como isso poderia funcionar:
Digamos que você obtenha um código QR com um link para um vídeo do YouTube, mas você não tem o aplicativo oficial instalado no seu iPhone. Com o iOS 14 e a API “Clips”, você poderá digitalizar esse código e o vídeo será reproduzido em um cartão flutuante que mostra uma interface de usuário nativa em vez de uma página da web.
Ainda segundo o site, desenvolvedores terão que especificar qual parte do app deverá ser baixada pelo iOS como um pacote OTA (over-the-air). O tal cartão flutuante com o pedaço do app contará com uma opção para o usuário baixar a versão completa do aplicativo na App Store ou abrir esse conteúdo com o aplicativo, caso tenha ele o instalado no iPhone/iPad.
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A Apple já estaria testando essa API em alguns apps como OpenTable, Yelp, DoorDash, PS4 Second Screen e, é claro, YouTube — quem sabe usando esses apps como exemplos a serem seguidos na keynote de abertura da WWDC 2020, que acontecerá em junho.
Notas de rodapé
- 1Application programming interface, ou interface de programação de aplicações.