Não são poucas [1, 2, 3, 4, 5, 6], as últimas notícias sobre o imbróglio entre Apple e Samsung. Mas o fato é que *hoje* finalmente começa o julgamento oficial entre as duas empresas, e aqui trazemos para vocês um apanhado do que pintou por aí nos últimos dias.
Pra começar, a parte boa: o AllThingsD teve acesso a ainda mais imagens de protótipos e projetos antigos da Apple, enviados em meio à documentação apresentada à corte responsável pelo projeto. Isso tem sido uma das coisas mais legais dessa briga toda, para nós, já que dá para termos uma ideia de como a Apple trabalhou para chegar aos iGadgets que conhecemos hoje.
Confira, por exemplo, alguns rascunhos iniciais do iPhone:
E por falar em protótipos, a Apple vasculhou novamente o seu baú e encontrou um projeto de 2005 que rebate acusações da Samsung sobre ela ter se inspirado em designs da Sony para criar o iPhone. O projeto em questão, segundo o The Verge, era chamado “Purple”.
Veja só:
Desta maneira, a Apple diz que o projeto do seu ex-designer Shin Nishibori, com referências à Sony, foi apenas algo paralelo e que veio inclusive depois desses desenhos iniciais que já mostravam a base do formato de smartphone que ela viria a adotar oficialmente. Embora o argumento seja muito quente pro lado da Apple, Nishibori não é mais seu empregado e está se recusando a testemunhar para ela nos tribunais. Segundo o seu advogado falou ao AllThingsD, o designer está atualmente no Havaí “tentando se recuperar de alguns problemas sérios de saúde”.
Já se preparando para como irá lidar com a interpretação do júri sobre o caso, a juíza distrital Lucy Koh afirmou na última sexta-feira que os desenhos e projetos da Apple “falarão por si só”. Será a partir de uma análise apurada, porém não demasiadamente técnica — explica o GigaOM —, que esse grupo de pessoas decidirá se houve ou não cópias deliberadas por parte da Samsung.
Analisando mais documentações do caso, o The Verge encontrou claras referências que mostram o quanto a Samsung esteve obsecada em superar a Apple, nos últimos anos — tendo inclusive desenvolvido uma espécie de estratégia interna do tipo “Beat Apple”. Até aí tudo bem, é natural da concorrência, mas resta saber se ela acabou não estrapolando limites legais nessa sua jornada.
Durante o julgamento (previsto para durar cerca de quatro semanas), uma série de testemunhas-chave deverão ser convocadas a dar seus depoimentos, incluindo executivos importantes de ambas as empresas. Traremos artigos de tudo o que rolar de significativo por lá, é claro; e, pelo o que o Ars Technica apurou, parece que todos os documentos envolvidos no caso terão mesmo que se tornar públicos como tem ocorrido — ao contrário do que desejavam ambas as partes.