O melhor pedaço da Maçã.

Apple teria feito acordo milionário com o Shutterstock para treinar sua IA

360b / Shutterstock.com
Logo do Shutterstock na fachada de um prédio

A agência de notícias Reuters destacou em uma nova reportagem detalhes sobre a corrida das Big Techs no campo da inteligência artificial (IA) generativa — especialmente no que se refere à compra de dados para treinar seus modelos de texto e imagem e torná-los cada vez mais poderosos.

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De acordo com a publicação, a Apple está entre as grandes empresas que fizeram, logo após a estreia do ChatGPT (da OpenAI), um acordo com a plataforma Shutterstock para usar “centenas de milhões de imagens, vídeos e arquivos de música em sua biblioteca para treinamento”.

Embora os valores das negociações individuais não tenham sido revelados, o diretor do Shutterstock, Jarrod Yahes, afirmou que eles variaram inicialmente entre US$25 e US$50 milhões, com a maioria dos acordos tendo sido expandidos posteriormente — o que significa que a parceria com a Maçã pode ainda estar em vigor.

E é bem provável que muitos outros acordos envolvendo a Maçã nesse mercado estejam em atividade no momento, visto que esse tipo de parceria não costuma ser facilmente publicizada — pelo menos não de início, como vimos justamente no caso do Shutterstock, que veio a público apenas agora.

O Freepik, que é outro banco de imagens famoso na internet, por exemplo, afirmou à Reuters ter feito acordos com duas grandes empresas de tecnologia para licenciar seu arquivo de 200 milhões de imagens — bem como estar negociando com mais cinco companhias, as quais não foram identificadas. O Photobucket, outro banco com um acervo de mais de 13 bilhões de fotos e vídeos, também estaria na mira da gigante de Cupertino.

Mercado especializado

Enquanto bancos de dados tradicionais abriram as portas à comercialização das suas imagens para empresas focadas em IA, novas companhias estão surgindo já tendo em mente esse negócio potencialmente lucrativo, apostando na produção do zero de coisas como conteúdo visual personalizado ou amostras de áudio do zero para treinamento.

A Defined.ai é um bom exemplo do gênero. Com sede nos Estados Unidos, a companhia licencia dados para várias empresas — incluindo Apple, Google, Meta, Amazon e Microsoft —, com taxas que variam de acordo com o comprador e com o tipo de conteúdo.

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Mais que apenas produzir, essas empresas também licenciam produtos já prontos, como podcasts, fotos e vídeos. Um fornecedor brasileiro da empresa, inclusive, disse que paga aos proprietários desses conteúdos cerca de 20% a 30% dos valores totais do negócio.

As imagens mais caras são as mais sensíveis, que são usadas para treinar os sistemas de IA para bloquear conteúdos como violência, nudez, cenas de crimes e cirurgias. Cada imagem desse gênero é obtida no final pelas empresas parceiras por cerca de US$5 a US$7.

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