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Discussão: se a Apple pretende mesmo lançar um relógio e uma televisão inteligente, por que está demorando tanto?

Conceito de "iWatch"

por Jefferson Eduardo de Souza

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Esta é a pergunta que me atormenta há um tempo e acho que agora cabe uma discussão sobre os dois temas/produtos. Antes disso, porém, vale uma observação: é lindo ver como a Apple, sem fazer nada, movimenta o mundo tecnológico só pelos simples boatos de que poderá lançar um relógio e uma televisão inteligente. De uma hora para outra, vários fabricantes correram para fabricar smartwatches ou melhorar seus televisores. A Apple pode não inovar (na opinião de alguns, não na minha), mas “lidera” certos mercados mesmo sem querer.

Sobre o relógio inteligente (“iWatch”)

Sem querer querendo — ou não —, com o iPod nano de sexta geração, a empresa descobriu um novo mercado. A coisa não foi para frente — o iPod nano de sétima geração mudou radicalmente seu formato — pois a Maçã deve ter preferido criar um novo produto, um smartwatch. Até aí, tudo normal. Mas se ela já tinha o conceito, sabia como fazer e sentiu que o produto era viável, por que a demora?

Conceito de "iWatch"

Conceito de “iWatch”.

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Lendo algumas matérias sobre o assunto (como esta do TecMundo) me veio uma possível resposta. Muito provavelmente a Apple se perguntou o que precisava fazer para ganhar a atenção do mercado, e se deparou com alguns “problemas”: fazer um relógio que seja uma segunda tela do celular? Todos já estão fazendo isso. Colocar funções médicas/esportivas como medir os batimentos cardíacos, pedômetro, etc.? Idem. Colocar bússola, GPS, chip de telefonia, Wi-Fi, Bluetooth, entre outras coisas? Não tem nada de novo, sem falar que recurso por recurso, assim, solto (botar apenas para dizer que tem) não é muito a praia da Apple.

Então quais são as funções que caracterizam um smartwatch? Essa é a pergunta que deve ser respondida e pode ser justamente ela que esteja atrasando a estreia da Maçã no mercado.

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Eu procuro as resposta, mas não encontro. Colocar a Siri no relógio? Seria “muito pouco”. Lógico, eu tenho que minha imaginação é muito mais limitada que a de um grupo de designers, engenheiros e executivos que têm acesso a muitas tecnologias as quais ainda nem sonhamos conhecer. Contudo, esse pode ser também um problema para Apple.

Sobre a televisão inteligente (“iTV”)

Talvez este seja o produto “mais fácil de resolver”, pois para ele vejo muitas saídas. Vamos começar com hardware. A televisão poderia:

  • Adicionar receptores. O problema são os múltiplos sistemas de TVs digitais e analógicos existentes; se houve um processador que pudesse acessar pelo menos os digitais de forma universal, quem sabe?
  • Função de cable modem/receptor para a Apple TV. Neste caso, a Apple teria que trabalhar junto às operadoras de TV a cabo/satélite, além de precisar de um processador universal para acessar sistemas digitais e analógicos (vem logo processador universal).
  • Poderíamos ter o “iHome”, um home theater sem caixas com a possibilidade de conectar todos os aparelhos, sendo controlados pela sempre ótima interface da Apple.
  • Por último, o televisor em si: algumas funções de PC, processador, GPU, câmera, microfones, entre outras coisas.

Conceito de iTV

Conceito de “iTV”.

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Passemos para o software. Ele, sim, seria a diferença. Baseado no iOS ou no OS X — ou a mistura dos dois — teríamos diversos aplicativos disponíveis, Siri, facilidade de uso, etc.

Pensando nos problemas que poderiam ser resolvidos, a “iTV” seria até mesmo mais fácil de se criar. Por que até agora ela não veio, então? Há um tempo li uma matéria da revista Home Theater a qual dizia que só o fato de o rumor envolvendo a possibilidade de a Apple criar tal produto deixou todos da indústria de cabelos em pé! Ninguém quer a Maçã entrando nesse ramo — seria esse um dos motivos da demora? Afinal, contratos precisam ser firmados. Historicamente, a Apple não é de fazer qualquer produto apenas por fazer — neste caso, então, ela precisa fazer mais do que um simples produto pois a concorrência é enorme!

Podemos mudar a pergunta inicial para: o que realmente caracteriza um produto inteligente, seja ele um relógio ou uma TV? Lembram de quando Steve Jobs apresentou o iPhone, em 2007? Daquele momento em diante, os aparelhos conhecidos como smartphones deixaram de ser inteligentes e passaram a ser burros, muito burros! A Apple definiu de uma vez por todas o que é um celular inteligente.

Na minha opinião, a empresa já tem essa resposta e sabe que terá outra mina de ouro suas mãos, quem sabe outra(s) revolução(ões). Quer uma prova? Basta ver as solicitações de registros da marca “iWatch” em diversos países. Mas, para mim, o principal fator foi a recente mudança no critério de recebimento de ações (bônus) da empresa, promovida por Tim Cook e aprovada pelo conselho administrativo da Apple. Nele, os bônus são diretamente relacionados ao desempenho da empresa. Cook pode ser tudo, menos louco — e só louco queima dinheiro! Isso, para mim, já diz tudo e mostra a confiança do executivo no futuro da Apple.

Só nos resta então aguardar e esperar por surpresas tão boas quanto o novo Mac Pro.

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