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Pebble: a hora da inteligência

Pebble no braço

por Samuel Franco [@samuelcrazy]

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Você certamente já viu ou ouviu algo a respeito de um relógio inteligente chamado Pebble. Ele foi um dos primeiros a chegar nesse setor, mais precisamente em 2012. Viabilizado pelo Kickstarter, é o projeto de maior sucesso até hoje no site de crowdfunding. Pudera: de US$100 mil que precisava para ser produzido, conseguiu mais de US$10 milhões!

Na época fiquei muito animado com o potencial que o produto poderia ter, até mesmo por ser algo de vanguarda e feito por “pessoas comuns”. Porém, acabei não sendo um early adopter e apenas o comprei em agosto deste ano.

Pebble no braço

Quando o Pebble começou a ser entregue aos investidores do Kickstarter (em abril deste ano), surgiram muitos reviews e críticas ao relógio em sites como The Verge, Engadget e Wired — além do próprio MacMagazine. A maioria dava algum crédito mas depois pisava em cima, dizendo que ele não tinha apps úteis, era bugado ou não tinha um SDK. Bom, algum tempo se passou desde então: e aí, mudou alguma coisa ou continua um fiasco?

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De um modo geral, ele melhorou bastante desde o seu lançamento (juntamente ao PebbleOS 1.0), com aproximadamente dez updates de firmware. Agora estamos na versão 1.12, que não trouxe mudanças visuais significativas mas veio com muitas resoluções de bugs.

Watch faces

A primeira função que se espera de um relógio é mostrar as horas. Nessa parte, o Pebble se sai lindamente bem! No começo, quando o número de pessoas que o possuíam era bem pequeno, praticamente só se via os modelos que já vêm instalados por padrão. Elas são bonitas, mas enjoam com facilidade. A partir do momento em que pessoas se uniram no fórum oficial, uma watch face nova é desenvolvida por dia (sério) e publicada no site My Pebble Faces.

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Uma das revoluções mais recentes (e legais) foi a criação do app httpebble: ele permite a comunicação do relógio com a internet (através do smartphone), permitindo que o Pebble exiba informações como previsão do tempo ou um feed de redes sociais. Mas existem tantas possibilidades que há uma seção apenas relacionada a essa “extensão” no My Pebble Faces.

Faces do relógio Pebble

Também é possível criar seu próprio layout: o site Watchface Generator dá muitas possibilidades para a montagem personalizada (inclusive com imagens, fontes e texto). E é grátis! \o/

Watch apps

A comunidade do fórum oficial é muito animada em compartilhar soluções de software para criar muitos apps diferentes e úteis, que também são publicados no site My Pebble Faces. Eu particularmente uso estes:

  • PeaPod (usado com o app pebbleremote): te dá controle total sobre o app de músicas do iPhone, incluindo volume, busca por artistas, álbuns ou playlists.
  • Smartwatch+ (usado com o app homônimo): inclui várias funcionalidades, como calendário, tempo, disparo da câmera pelo Pebble, controle das músicas (com volume), GPS (nome da rua atual, altitude, distância percorrida e velocidade), eventos do calendário (do iPhone), lembretes (do iPhone) e Find My Phone (reproduz um som alto, ajudando a encontrar o celular no meio das cobertas; eu sei que você já fez isso!).
  • mybucketz (requer o app httpebble instalado no smartphone): mostra a timeline do Twitter ou Facebook.
  • PebbGPS (requer a instalação do app): exibe um minimapa com nome das ruas e a sua localização atual.
  • Stopwatch: cronômetro simples.
  • Pebbis: mini-Tetris.

E no iOS 7, como fica?

É aí que as coisas começam a melhorar! 😉 No iOS 7, a Apple implementou uma nova API que aumenta as possibilidades relacionadas à conectividade Bluetooth. Agora *todas* as notificações podem ser encaminhadas ao Pebble (e não só chamadas ou mensagens, como antigamente).

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Para que isso funcione, todavia, é necessário ir até Ajustes » Central de Notificações e desligar e ligar a opção “Mostrar na tela bloqueada”, app por app (chamada pela comunidade Pebble de “finger dance”). Essa medida é necessária apenas até que o Pebble receba outro update que faça proveito dessa nova API.

Como nem tudo são flores…

Apesar de o vento estar soprando a favor, algumas coisas ainda deixam a desejar. Por exemplo:

  • O nome do chamador não é exibido, apenas o número (isso torna a funcionalidade inútil, já que olhar para o número é o mesmo que nada na maioria dos casos).
  • Reinícios esporádicos: em algumas situações o Pebble reinicia sozinho, muitas vezes em situações simples. Não acontece com frequência, mas o bastante para irritar.

Enfim!

Bom, é isso. Fiquei muito feliz com o avanço do produto, e acho que tudo está caminhando para melhorar ainda mais. Grandes empresas como Samsung e Sony estão investindo no mercado, mas decepcionaram mais do que impressionaram. De qualquer forma, é uma novidade para todas as empresas e seus gadgets vão levar um tempo até amadurecerem e ganharem o gosto do público. A expectativa é grande pelo “iWatch”, que inovaria o conceito de relógio inteligente. Mesmo assim, não tiro os méritos do Pebble, pois seu período de amadurecimento e popularização só estão começando.

Devo comprar? Se você pode gastar US$150 (cerca de R$360) e gostou do que leu, sim. Obviamente ter um smartwatch não é (ainda) uma necessidade (como os smartphones). Acredito que os principais compradores do Pebble são entusiastas ou desenvolvedores, até mesmo porque ele não é vendido em lojas físicas — nem online — brasileiras, e os concorrentes como Galaxy Gear ou MetaWatch chegaram(ão) primeiro. Sua principal arma quando aterrissar em terras tupiniquins será o preço; até lá, acompanharei de perto sua evolução.

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