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Appreendedor: inovação — putz, como ninguém pensou nisso antes!

Lâmpadas de ideias

Desde que o ser humano se entende por gente, o processo de evolução vem acontecendo gradativamente e em estágios de lapso temporal cada vez menores. O tempo que o homem primitivo demorava para ter uma percepção de ferramenta era bem maior do que o tempo que uma criança leva para descobrir o funcionamento de um dispositivo eletrônico atual. Isso se dá em virtude da carga genética repassada pelo processo de evolução nos acompanhando ao longo dos tempos.

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O processo de inovação pode ocorrer em diversos setores e sob diversas formas, como por exemplo, você pode inovar a partir de algo que já exista ou simplesmente inovar em uma área totalmente nova. Particularmente, desenvolvi uma técnica de inovação a partir de problemas identificados, não estudei ou fui atrás de nenhum embasamento científico para isso, apenas me sinto confortável em criar soluções seguindo esta metodologia e acredito que a técnica possa ser reutilizada por todos.

Lâmpadas de ideias

Lâmpadas de ideias, via Shutterstock.

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Identificando um problema, seja a partir de observação ou experiência, posso imaginar possíveis soluções para o cenário; isto me garante a possibilidade de inovar a partir de algo que já exista ou criar algo novo. Para aprimorar esta técnica, tento identificar tudo o que me chame a atenção, em seguida penso na problemática que existia antes da solução ser implementada e, consequentemente, analiso cada detalhe da implementação para descobrir quais métodos ou tecnologias foram aplicados na solução, e de que forma impacta a vida das pessoas, ou seja, se gera valor ou não.

Vamos a um exemplo: recentemente, durante uma viagem a outro pais, vi na janela de um edifício uma placa de aluguel. Até aí tudo bem, muito parecido com o que temos no Brasil. A diferença foi algo extremamente simples e inovador, a mensagem estava em um letreiro de LED, igual aos painéis de fila ou placar eletrônico. Com isso, em uma distância considerável podia-se ler com facilidade o número telefônico e uma rápida animação chamando a atenção da palavra “aluga-se”. Na ocasião, era a primeira vez que eu tinha visto esse tipo de solução sendo aplicada naquele cenário e imediatamente lembrei das inúmeras vezes em que tive dificuldades e ler algo da rua — e claro, se essa era a intenção de quem havia escrito no papel.

Pensando sobre o assunto, cheguei à conclusão de que inovar está relacionado diretamente ao seu meio ou ao meio no qual pretende atuar. Você pode promover uma inovação na sua comunidade e se esta inovação for compatível com um padrão social, automaticamente ela terá maior valor e poderá ser replicada para um grande número de pessoas.

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Inovar não está relacionado apenas com tecnologia, este é um erro que a grande maioria das pessoas — principalmente da area de informática — acaba cometendo. Querem desenvolver uma solução tecnológica para todos os cenários, um app para tudo. Entretanto, o correto seria nos questionarmos se as pessoas estão preparadas e se aquela seria a melhor solução para o cenário.

Estou desenvolvendo um curso na área de inovação e, a partir de diversas pesquisas, constatei que nem todas as melhores soluções estão relacionadas com grandes sacadas tecnológicas. A melhor solução é aquela em que outra pessoa olha e diz: “Nossa, que genial e simples, como ninguém havia pensado nisso antes?”

Vamos ao último exemplo: recentemente, estava sentado em uma praça de alimentação de um shopping almoçando com um amigo, então resolvi lhe perguntar:

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— Você consegue enxergar algum problema aqui?

Ele respondeu:

— Sim, o preço da comida em shopping é extremamente alto.

Logo mostrei a ele que a percepção estava errada.

— Aqui existem restaurantes para todos os gostos e bolsos, quem não quer gastar muito que coma algo compatível com a sua realidade. Você não percebeu a quantidade de pessoas em pé, procurando e esperando mesa para se sentarem? E também a quantidade de pessoas sentadas almoçando sozinhas ou fazendo um tempo com o smartphone?

Como em um passe de mágica, ele respondeu:

— É claro, vamos desenvolver um app para as pessoas compartilharem mesas.

Imediatamente, eu disse:

— A grande maioria das pessoas que está com uma bandeja na mão não vai querer ou lembrar de meter a mão no bolso para abrir um aplicativo, para que em seguida descubra qual mesa está sendo compartilhada.

Ele retrucou:

— Está fácil, basta o shopping adicionar mais mesas.

Entretanto, esta não é a melhor solução, pois precisa ser avaliada se é economicamente viável a partir do aumento do número de usuários aliada à disponibilidade de espaço para crescimento. Ou seja, nada que resolveria o problema de imediato.

Estamos na era do “compartilhar”, shoppings são os melhores meios de se propagar e apoiar novas ideias, principalmente tendências “cool”. Que tal uma solução simples, inovadora e familiar para as pessoas? Respondi.

— A maioria das pessoas é replicadora e segue o grupo ao qual está inserida, em um aspecto social ninguém quer ser mal visto pelo grupo. Que tal se o shopping criasse uma solução para que pessoas pudessem compartilhar a sua mesa utilizando placas com mensagens bem humoradas — bem ao estilo placa de churrascaria (sim ou não). “Você é bem-vindo”, “Lotado” e “Tente novamente”. Ou seja, na mesma ordem teríamos: estou disposto a ceder o espaço ao meu lado; estou em grupo, mas também ficaria valendo para os que não querem ceder o espaço e não querem ser mal vistos perante o grupo; ou para aqueles que não querem ceder o espaço e não estão importando para o que as pessoas irão pensar.

Bem, o exemplo acima pode ser implementado por qualquer Appreendedor ou administrador de shopping, só peço a gentileza de me enviar fotos com o case implantado pois este e outros exemplos de sacadas inovadoras serão utilizados em um curso que divulgarei muito em breve. Espero que tenham gostado; compartilhem!

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