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Fake Steve Jobs desiste de blogar porque não ficou rico

Dan Lyons já era editor sênior da Forbes quando criou o blog Fake Steve Jobs, que fez do seu personagem “alguém” mais famoso do que ele próprio. Escrevendo anonimamente por bastante tempo, a identidade de Lyons como o “Steve Jobs Falso” só foi revelada em agosto de 2007, pelo New York Times. Naquele dia sozinho, conta ele, seu blog recebeu mais de 500.000 visitantes.

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Dan Lyons e camiseta da Apple

O blog FSJ em si foi deixado de lado em julho de 2008, quando os rumores sobre a má saúde de Steve Jobs começaram a esquentar. A partir daí, Lyons passou a escrever como Real Dan, até o final da semana passada. “Apesar de blogs poderem fazer um monte de coisas maravilhosas, torná-lo rico não é uma delas”, afirmou ele.

Empolgado com o seu trabalho virtual — que nunca se tornou um full-time job, diga-se de passagem —, Dan conta que chegou a um ritmo diário de 10 a 20 posts, sem descanso, inclusive com diversas ocasiões em que ele preparava um artigo no meio da madrugada, após acordar com uma ideia interessante. E isso tudo, considerando o lado financeiro, não lhe rendeu mais do que US$1.039,81 em um mês — naquele da divulgação do NYTimes, quando ele recebeu um total de 1,5 milhão de visitas.

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Segundo dados do eMarketer levantados por ele, o gasto com publicidade em blogs nos Estados Unidos em 2008 foi US$411 milhões, contra US$23,7 bilhões do total investido na internet — que também é uma fração dos US$276,8 bilhões pagos por todas as formas de publicidade nos EUA. Até 2012, os gastos com propagandas em blogs chegarão a US$746 milhões, enquanto a publicidade online em geral baterá US$32 bilhões.

O Technorati, diretório mundial de blogs, estima que blogueiros que colocam publicidades em seus sites geram uma média de US$5.060 por ano. “Não ligue para aquela concessionária da Ferrari ainda”, brincou Dan, dando adeus ao mundo dos blogs.

Na minha opinião, o errado é o Lyons olhar apenas pro saldo dele no Google AdSense, afinal, a ideia desse blog — como já disse — deu uma baita visibilidade para o seu nome na mídia mundial e, consequentemente, provavelmente o colocou numa posição profissional ainda mais confortável dentro da Forbes — se é que ele não recebeu uma série de propostas ainda melhores do que já tinha. Não dá pra ter uma visão tão fechada das coisas, benefícios podem ser diretos ou indiretos. Eu que o diga.

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