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TSMC tem plano de desativar produção de chips caso a China invada Taiwan

Ivan Marc / Shutterstock.com
Chip da TSMC

Em meio às tensões crescentes envolvendo China, Taiwan e Estados Unidos, semicondutores e outros produtos tecnológicos são parte importante dessa disputa. A própria Apple está buscando diversificar os locais de produção dos seus dispositivos, em especial do iPhone, de modo a diminuir sua dependência de um país potencialmente instável.

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Diante disso, as principais fabricantes de semicondutores do mundo — a holandesa ASML e a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) — já estão se preparando para uma possível invasão da China ao território insular. A gigante asiática, vale lembrar, considera Taiwan parte do seu território e analistas apontam que o exército chinês busca obter a capacidade para realizar essa ação por volta de 2027.

Conforme repercutido pela Bloomberg, ambas as empresas têm maneiras de desabilitar suas máquinas remotamente em caso de invasões. O governo dos EUA já expressou preocupações quanto ao que poderia ocorrer com a produção dos componentes no caso de uma invasão por parte da China, e a ASML assegurou a possibilidade de desativação, impedindo a sua tomada por terceiros. Taiwan, vale notar, produz 90% dos chips avançados do mundo.

A ASML detém as chamadas máquinas de ultravioleta extremo (conhecidas como EUVs) as quais são adquiridas principalmente pela TSMC — que por sua vez fabrica os chips da Apple. A tecnologia usa ondas de luz de alta frequência para imprimir os menores transistores de chips existentes, os quais têm usos em inteligência artificial, assim como aplicações militares mais sensíveis.

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Essa importância e risco de a tecnologia das EUVs caírem em mãos indesejadas fazem, por exemplo, o governo holandês realizar intervenções, incluindo a proibição da sua exportação para a China — o que, segundo os EUA, poderia dar vantagens aos chineses na disputa pelos chips.

O plano de desativação em caso de invasão, nesse sentido, é mais uma forma de proteger as máquinas. Elas custam mais de 200€ milhões cada e têm o tamanho de um ônibus.

Os aparelhos exigem manutenção periódica — que chegam até a ser objeto de contratos separados entre a ASML e a TSMC —, incluindo a troca de peças, além de ficarem em salas mais limpas. As EUVs ajudaram a holandesa a alavancar a sua capitalização, já tendo sido comercializadas mais de 200 unidades da máquina.

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Em setembro, o presidente da TSMC afirmou que qualquer invasor encontraria as máquinas da empresa fora de funcionamento. Segundo ele, ninguém poderia controlar a fabricante a força e, se houver invasões militares, as fábricas ficarão inoperáveis.

A situação mostra que até mesmo o setor privado está se preparando para ações militares de agressão da China no futuro. Além disso, é possível notar ainda mais por que a Apple vem buscando diminuir a dependência das fábricas chinesas, embora a tarefa não seja nada fácil.

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