Já sabemos há 2 dias que a Apple finalmente entrou com processo em cima da Psystar, mas só hoje mais detalhes sobre as reclamações foram revelados, divulga a Macworld.
A Apple afirma que a fabricante de clones de Macs violou contratos de copyright e de uso do Mac OS X e induziu seus consumidores que adquiriram Open Computers com o seu sistema a fazerem o mesmo. Diante disso e dos danos causados à marca Apple, esta solicita ao US. District Court uma ação contra a Psystar de forma a proibi-la de vender hardwares com softwares da Apple. Ela exige, também, que a Psystar faça um recall de cada um dos clones de Macs vendidos até hoje.
O processo foi registrado no dia 03 deste mês e está disponível para download online por US$10, para quem se interessar. O documento contém 35 páginas no total — 16 delas de reclamações e mais 19 com provas.
A Apple afirma que o negócio da Psystar viola o seu termo de uso para o usuário final — incluso no processo. A Apple lembra partes do contrato onde usuários concordam em “não instalar, usar ou executar softwares da Apple em computadores não-Apple ou permitirem outros a fazê-lo”.
A Apple alega, ainda, que a Psystar incentivou que seus usuários quebrassem tal contrato, dizendo-lhes para instalar o Mac OS X em hardwares não-Mac, ou fazendo-o para eles. A Apple ainda revela que a Psystar “faz cópias de ‘updates’ do Leopard e os oferece para download em seu site, sejam cópias diretas de atualizações criadas pela Apple ou versões modificadas não-autorizadas” de tais updates.
Os danos causados à marca Apple também serão levados ao tribunal. A companhia afirma que gastou mais de US$3 bilhões desde 1994 para promover as marcas Mac e Apple e que estas estão constantemente em rankings como 50 das marcas mais valiosas do planeta. Enquanto isso, a Maçã cita reclamações sobre experiências de usuários com Open Computers além dos problemas gerados com a mudança de endereço da Psystar e uma discussão com uma empresa de processamento de pagamentos online.
Além de exigir o recall de todos os Open Computers vendidos, a Apple quer ressarcimentos pelos danos. Ela clama pelo triplo de danos causados, porque “as ações da Psystar foram tomadas com a intenção de prejudicar a Apple, confundir e enganar o público”.
Sobre a demora da Apple em entrar com um processo contra a Psystar, M. Kelly Tillery, advogado da Pepper Hamilton LLP, afirmou à Macworld nesta terça-feira de que casos como este não necessitam de pressa: “É necessária uma investigação profunda antes de ir ao tribunal. É melhor ir com calma e fazer a coisa de forma bem feita”.