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Processadores gráficos são o futuro da computação

Segundo um artigo online do jornal inglês The Guardian, em um futuro próximo computadores e outros dispositivos eletrônicos poderão ter seu poder computacional distribuído entre os processadores normais, ou CPUs (Central Processing Units, Unidades de Processamento Central), e os processadores gráficos, mais conhecidos pelo termo GPU (Graphics Processing Unit, Unidade de Processamento Gráfico).

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As pesquisas nesse campo começaram há relativamente pouco tempo e estão baseadas no fato de que, além do chip principal, computadores de última geração têm outras dezenas de processadores “extra”, implementados nas modernas placas de vídeo da atualidade, sejam elas ATI ou NVIDIA — os dois atuais gigantes nesse mercado.

O conceito seria distribuir processos computacionais de grande complexidade entre os mais de 100 microprocessadores gráficos presentes em, por exemplo, uma GeForce 8800GTX — aliás, que plaquinha linda, não é mesmo? — e assim ganhar mais velocidade.

Não faz muito tempo, a tarefa exclusiva de uma GPU era processar gráficos e emiti-los de acordo com a demanda do programa em questão. A necessidade de imagens de alta qualidade, renderizados 3D em tempo real e processamento gráfico de vídeo em alta definição acabou implicando na evolução desse componente, de tal maneira que hoje seu poder de cálculo muitas vezes supera o de uma CPU.

Então qual o único passo que faltava para que tudo isso fosse utilizado em outros campos não relacionados ao mundo dos gráficos? Transformar as entranhas dos programas para que eles possam ser executados por todos os microprocessadores presentes em uma placa de vídeo, em vez de um, dois, ou até mesmo quatro núcleos de uma CPU.

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O Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas dos Estados Unidos já conseguiu botar isso em prática, utilizando GPUs em vez de supercomputadores para fazer previsões do tempo. Há cientistas trabalhando em estudos do DNA e até de colisão de partículas, aproveitando esse novo conceito de computação distribuída.

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Mas a notícia não pára por aí! Com o OpenCL, criado pela Apple em cooperação com a Intel e outros centros de pesquisa, espera-se que em pouco tempo tenhamos um maior poder computacional em aparelhos de uso comum também, como iPhones, Macs, PCs e outros aparelhos eletrônicos.

Não se pode falar em “fim das CPUs” e nem que a Microsoft ficará de fora dessa brincadeira, já que a idéia é transformar a descoberta em algo universal no mundo da computação. Entretanto, com a estagnação das velocidades dos processadores e do desenvolvimento de sua arquitetura, essa mudança de conceito certamente vai trazer avanços importantes na tecnologia.

Imagine só, um computador com 130 processadores! E tudo isso sem ocupar nenhum centímetro mais, apenas aproveitando o poder das GPUs de agora e de amanhã.

Ah, em tempo: muitos chamam erroneamente de “CPU” o gabinete (ou torre) de seus computadores. Na verdade, essas três letras representam apenas o processador principal dos mesmos.

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