Um grupo de três juízes denominado Copyright Royalty Board — que cuida de licenças de uso cedidas via leis federais norte-americanas de copyright — definirá amanhã (quinta-feira) a possibilidade de um aumento nas taxas de royalties pagas por seus membros a partir de vendas em lojas musicais online como a iTunes, da Apple. O pedido de reavaliação foi feito pela NMPA, a National Music Publishers’ Association.
A associação deseja que as taxas subam de 9 para 15 centavos de dólar por faixa — um crescimento de 66 por cento. A Apple ainda não comentou o assunto, mas evidentemente se opõe ao pedido das publicadoras, diz a Fortune. No ano passado, o vice-presidente da iTunes, Eddy Cue, afirmou que a Apple poderia fechar sua loja ao invés de aumentar o seu tradicional preço de US$0,99 por canção ou — pior ainda — absorver os custos excedentes de royalties.
“Se a [iTunes Music Store] fosse forçada a absorver qualquer aumento na […] taxa de royalties, o resultado seria termos uma grande possibilidade de operar em prejuízo — algo que não é uma alternativa para nós”, disse Cue. “A Apple já deixou claro várias vezes que está no negócio para fazer dinheiro e é bem possível que não continuemos operando [a loja] se não pudermos fazê-lo de forma rentável.”
A Apple paga hoje cerca de 70 centavos de dólar para gravadoras musicais, que ficam encarregadas de redirecionar 9 deles para publicações que detêm os copyrights dos artistas. Elas também são contra os aumentos de royalties e apoiam a decisão da Maçã de não absorver os custos extras. Aliás, ambas Apple e gravadoras tentam já há um tempo diminuir os royalties pagos aos autores/compositores para apenas 6 centavos de dólar.