Quem usa a internet desde meados da década de 90 viu e acompanhou de perto o surgimento e a evolução do e-commerce. Ainda estamos, hoje, aprendendo como lidar com isso, quais as melhores formas de chegar ao consumidor e que modelo é perfeito para distribuição de conteúdos online.
A iTunes Store passa agora por uma grande transição, removendo aos poucos todo o DRM (software de proteção de direitos autorais) das músicas comercializadas por lá. A Apple e as gravadoras demoraram, mas perceberam que os usuários não estavam nem um pouco contentes em pagar por um conteúdo e ainda ficarem bastante limitados quanto ao que pode-se fazer com ele.
O interessante (e impressionante) é que, segundo o Techdirt, parece que as editoras de livro estão cometendo o mesmo erro, mais uma vez. E o pior de tudo é que tal vontade de “proteger o seu conteúdo” foi um dos fatores que mais contribuiu para o sucesso estrondoso da Apple neste mercado, diante da popularidade da dupla iPod + iTunes. Se tudo tivesse sido aberto desde o começo, quem sabe a concorrência tivesse mais chances para brigar frente a frente com projetos da firma de Cupertino.
A bola da vez não é a Apple, e sim a Amazon.com, com o Kindle. Da mesma maneira, as editoras obrigam-na a implementar DRM nos conteúdos distribuídos para o aparelho, dando uma força para o monopólio da plataforma. As gravadoras podem até ser desculpadas, já que foram pioneiras… mas escorregar na mesma casca de banana, meus caros, eu não vejo muito sentido.