A Apple anunciou o novo MacBook Pro unibody de 17 polegadas na última Macworld Expo, em janeiro, e lançou o Safari 4 Public Beta no final do mês passado. O browser foi disponibilizado imediatamente, mas o laptop só chegou às mãos dos primeiros compradores em meados de fevereiro, por isso que só agora começam a pipocar resenhas/análises do produto.
Resolvi resumir tudo o que vi e li por aí sobre ambos num artigo para vocês, adicionando, é claro, algumas considerações minhas. Vamos lá? 😉
MacBook Pro de 17 polegadas
CNET: destaca a sua tela HD (com 1920×1200 pixels de resolução), dupla opção de chipsets gráficos (não gostaram de o usuário ter que se relogar para que a mudança surta efeito), trackpad e construção em monobloco de alumínio como destaques, apesar de citar o seu preço elevado. Acham positiva a oferta de uma opção fosca (matte) para o display, porém não concordam com o preço extra para sua substituição.
LAPTOP: adoraram o novo design durável, caracterizaram-no como o notebook de 17 polegadas mais fino e leve do mercado, ponto positivo para a sua nova bateria de longa duração (porém um negativo por não ser removível) e trackpad multi-touch. Sentiram falta de uma opção Blu-ray e de um leitor de cartões de memória (nada Apple-like, diga-se de passagem) e, mais uma vez, consideraram o seu preço elevado demais.
Engadget: acham uma excelente máquina para usuários avançados que precisam da tela que ele oferece e deram muitos pontos para o seu design renovado. O preço da troca da bateria interna é citado como um porém, mas concluem que quem paga por um computador assim não se importaria em gastar os US$180 cobrados pela Apple, caso seja necessário. Clamam pela volta de opção de tela fosca para toda a linha, incluindo os modelos de 15 polegadas.
MACMAGAZINE: apesar de ter mexido muito pouco na máquina, já decidi que ela é a minha próxima compra (agora só falta o dinheiro). A tela de alta definição é simplesmente fantástica (quase não dá pra ver os pixels, a olho nu) e eu dou muitos pontos pela preocupação ambiental que a Apple tem tido em seus mais recentes lançamentos. Uma configuração de fábrica já com 4GB de RAM e 320GB de disco num laptop também é mais do que bem-vinda.
Safari 4 Public Beta
Walt Mossberg: comprovou em testes tanto no mundo Mac quanto no mundo Windows que o navegador é, de fato, o mais rápido do mercado. Todavia, detestou as mudanças na sua interface, principalmente as abas no topo. Além disso, as considera, junto ao recurso Top Sites, “cópias do Google Chrome”. Sente falta da barra de progresso azul embaixo da URL (que nós já mostramos como trazer de volta).
Paul Stamatiou: também destaca a sua performance, mas, como desenvolvedor, adorou os aprimoramentos no Web Inspector, afirmando que o famoso Firebug não mais oferece tantos diferenciais em relação a ele. Por fim, para um beta, ficou contente com a estabilidade geral do navegador.
Gizmodo Brasil: não é preciso comentar (de novo) sobre velocidade, mas o autor ficou indeciso (sobre serem positivas ou não) acerca das novidades visuais do browser, ainda que sempre considere mudanças bem-vindas. Gostou da performance de sugestões de busca, mas acha que o auto-completar de URLs poderia ser mais avançado e sente falta de opções personalizadas de sites. Mais um que deu ponto para a sua estabilidade.
MACMAGAZINE: sou apaixonado pelo Firefox, mas dei uma nova chance ao Safari com o lançamento desta nova versão. De cara, tive um problema na tela de edição de posts do WordPress, que felizmente foi rapidamente corrigido num nightly build do WebKit. O navegador é bem rápido, de fato, e usei o recurso Top Sites mais do que imaginei no começo. Todavia, não consegui me acostumar com as abas no topo (que dirá com o fato de que, para movê-las, é preciso usar aquele íconezinho no canto direito) de jeito nenhum. Além disso, me incomoda muito usar o Gmail nele — e isso vem desde a versão anterior. Ele simplesmente não funciona tão bem quanto no Firefox, a barra de status mostra continuamente que há itens sendo carregados e às vezes algumas coisas simplesmente não são carregadas na tela. Por hora, estou de volta à raposa.