O melhor pedaço da Maçã.

Olhando (e ouvindo) de perto o novo iPod shuffle

Com uma pequena ajuda do meu amigo Breno “MacMasi” Masi, consegui ter acesso a uma unidade do novo iPod shuffle, lançado recentemente pela Apple. Com 4GB de capacidade para arquivos de áudio (ou outros, no bom e velho disk mode) e um design totalmente novo, o pequenino realmente chegou ao máximo da simplicidade e da facilidade de uso nesta geração — sem falar que é perfeito para quem gosta de aproveitar o melhor da sua biblioteca no desktop.

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iPod shuffle 3G

É impossível não ficar espantado com o seu novo visual e o seu tamanho reduzido em relação ao modelo anterior. Me rendeu até algumas risadas com o comentário que o meu irmão fez. “As pilhas recarregáveis podiam ser iguais a ele”, disse. Talvez não seja tão engraçado, mas é fato que o novo iPod shuffle é quase 50% menor — e mais fácil de se perder 😛 — que o da segunda geração. Ainda assim, ele oferece o dobro de capacidade, suportando até 1.000 músicas no formato AAC de 128Kbps.

iPod shuffle 3G

O seu novo formato possibilitou à Apple reduzir ainda mais o tamanho da sua embalagem, mas sem deixar de trazer tudo que vem com qualquer iPod, além os novos fones de ouvido que agora são também o controle do pequeno shuffle.

iPod shuffle 3G

Sincronizar conteúdo da sua biblioteca de músicas com o iPod shuffle de terceira geração requer o novo iTunes 8.1 (lançado recentemente), sendo que ele não possui grandes diferenças em relação ao processo de sync do modelo anterior.

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A maior novidade com a nova versão do jukebox digital da Maçã está no VoiceOver Kit, uma extensão que permite ao iTunes gerar localmente os arquivos de áudio com os nomes de todas as suas músicas e listas de reprodução, em seu Mac ou (teoricamente) PC. É assim que o novo shuffle fala com você.

iPod shuffle 3G no iTunes

iPod shuffle 3G no iTunes

Usando o recurso AutoFill (agora disponível em qualquer iPod), consegui colocar quase 1.000 músicas no pequeno shuffle. Ao contrário do que a Apple prega em suas peças publicitárias, os usuários costumam ter em suas bibliotecas músicas de várias fontes, com formatos e taxas de bits variadas. No caso desta análise, enchi o pequenino com músicas nos formatos AAC e MP3, com no mínimo 192Kbps. O resultado? Novecentas e vinte e seis músicas, confira:

iPod shuffle 3G no iTunes

Obviamente, há mais que pode ser colocado no shuffle do que apenas músicas. Se você gosta de ouvir podcasts, pode transferir os seus episódios mais recentes para escutar. Se você teve a oportunidade de adquirir livros de áudio (audiobooks) na iTunes Store, pode incluí-los entre suas listas de reprodução também.

iPod shuffle 3G no iTunes

iPod shuffle 3G no iTunes

iPod shuffle 3G no iTunes

Até aqui, creio que muitos de vocês conhecem bem esses passos. Mas uma questão que algumas pessoas levantaram para mim sobre o novo shuffle foi se ele é realmente mais fácil de usar. No meu ponto de vista, a Apple não exagerou na forma como o promoveu, porém alguns usuários levarão tempo para se habituar a algumas coisas, a depender das suas preferências.

Primeiramente, falemos dos novos controles nos fones de ouvido. Como o novo shuffle é mais fino, não foi possível aplicar os botões da mesma forma que eram anteriormente. A solução para isso foi movê-los para o cabo dos fones, da forma ilustrada a seguir:

Instruções de uso do iPod shuffle 3G

Ao contrário do que parece, eles não são tão difíceis de usar. Para dizer a verdade, também tive um pouco de receio no início, mas depois de algum tempo usando o novo iPod shuffle, habituei-me facilmente a eles. É quase como a Apple promove na sua visita guiada: com o mínimo de costume, é possível usá-los sem ver, sendo que eles estarão sempre no mesmo lugar. O único problema nos fones — o mesmo de muita gente que eu conheço — é que eles não ficam presos às orelhas como deveriam, dando a velha impressão de a orelha estar machucada.

Quanto ao VoiceOver, ele funcionou muito bem nos meus testes, mas antes de eu plugar o shuffle no primeiro PC que vi. A voz gerada pelo Mac, tanto em inglês quanto em português, é limpa e clara na maior parte das músicas. O uso deste recurso vai depender de como é sua biblioteca de músicas: no meu caso, optei pelo idioma inglês, resultando na mesma voz do Alex (VoiceOver do Leopard). Para outros idiomas no Leopard e no Tiger, é usada uma voz alternativa, que também é de qualidade razoável, mas longe do Acesso Universal da atual versão do Mac OS X. Infelizmente, não há suporte ao VoiceOver no nosso país: a alternativa para alguns será usar a versão de Portugal, a qual tive a oportunidade de testar e é difícil de se habituar, além de ter uma qualidade bastante inferior em relação às outras.

No caso do Windows, queria dizer o contrário, mas infelizmente não consegui de nenhuma maneira fazer o VoiceOver funcionar. Fiz testes em dois computadores: um desktop genérico e um Positivo W98 — que conta com um hardware interessante, mesmo sem ser um Mac. Após restaurar o shuffle e até reinstalar o iTunes e o VoiceOver, acabei desistindo. A alternativa para quem usa o sistema da Microsoft será aguardar uma atualização de compatibilidade do recurso com o Windows, já que após algumas pesquisas, descobri que o problema está relacionado com a interpretação dos metadados dos arquivos de áudio pelo sistema operacional, para uso do VoiceOver.

No fim das contas, a novidade da Apple comprova que ter um media player com as necessidades essenciais para a reprodução de áudio ainda é uma boa, já que há muitas pessoas que os utilizam apenas para apreciar música de qualidade on-the-go. Apesar de o novo shuffle parecer um exagero de portabilidade e miniaturalização, ele é ideal para quem para que possui essa preferência, além de ser a melhor escolha para quem pratica atividades físicas regularmente.

O novo iPod shuffle está disponível nas cores prata e preta e custa US$79 nos Estados Unidos. No Brasil, ele chegará em maio, por R$400.

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