No final da semana passada, trabalhadores da Wintek se reuniram em protesto na frente dos escritórios da Apple em Taiwan, alegando exploração de trabalho e violações de segurança. A empresa, uma das principais fornecedoras de displays para a firma de Cupertino, sofreu um corte profundo da sua força-tarefa recentemente, que pode ter violado as leis do país.
Das 619 pessoas dispensadas (fora outros que tiveram salários reduzidos ou gente forçada a fazer hora extra sem compensação), apenas 20 foram recontratadas, afirmando estarem operando dentro da lei. A Wintek já ameaçou entrar com uma ação judicial caso “os interesses da companhia e dos seus intervenientes” forem colocados em risco. Segundo ela, grupos de trabalho estão violando acordos e estimulando trabalhadores a exigir benefícios ilegalmente.
O ataque à Apple, aparentemente, só visa a chamar atenção para o caso. A empresa por enquanto não se manifestou sobre o assunto, simplesmente reafirmando sua posição de constantemente auditar empresas parceiras de maneira que tenha certeza de trabalhar dentro de padrões corporativos éticos. Alguns trabalhadores já ameaçam, inclusive, direcionar os esforços para outras clientes da Wintek, como Nokia, Motorola e Samsung.
E veja que coincidência: no dia seguinte ao protesto inicial, a Wintek foi motivo de comentários na mídia por ter ganhado, supostamente, o direito de fabricar as touchscreens de uma tablet da Maçã.
[Via: MacNN.]