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A nova suíte Final Cut Studio: apresentação do Final Cut Pro 7

Final Cut Pro 7

Colaboração especial por Thiago Porto.

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A Apple lançou, no final de julho, a sua mais nova suíte de aplicativos direcionada aos profissionais de áudio e vídeo. As ferramentas são o Final Cut Pro 7 (montagem), Color 1.5 (graduação de cor), Motion 4 (composição), Compressor 3.5 (conversão de arquivos), Soundtrack Pro 3 (manipulação de áudio) e DVD Studio Pro 4 (autoração de DVDs).

Uma família ainda maior de ProRes. Formas ainda mais poderosas de colaboração. Integração ainda maior entre os aplicativos. A avançada suíte de pós-produção ficou ainda melhor.

Esta é a frase de divulgação da Apple em seu site sobre a nova suíte e, posso afirmar, é isso mesmo e muito mais. O novo FCS está cheio de atualizações ótimas, a estabilidade está ainda melhor; pra mim, as coisas de que eu mais sentia falta nas ferramentas agora estão presentes.

Final Cut Pro 7 rodando num MacBook Pro

Neste artigo (o primeiro de vários), vou procurar mostrar as principais atualizações feitas e tentar, na medida do possível, mostrar como elas funcionam. Hoje irei começar pelo Final Cut Pro 7, o carro-chefe da suíte.

Final Cut Pro 7

Configurações de sistema como Easy Setup, Open Timeline e System Preferences continuam iguais, porém percebe-se uma leve melhoria de velocidade no processamento delas. Logo de início, o que notamos é que a interface quase nada mudou, apenas alguns detalhes pequenos. Observa-se uma leve curva nos cantos dos quadrados das janelas, veja:

Resenha do Final Cut Pro 7

O fluxo de trabalho — como importar, capturar, canvas, aplicar filtros, janela Motion, linha do tempo (timeline), etc. — continua o mesmo. Não esqueçamos dos atalhos: eles também continuam idênticos.

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Dentre as atualizações do FCP que mais me agradaram, entra a nova forma de dar saída no projeto, a opção “Share”:

Resenha do Final Cut Pro 7

Nesta nova janela, temos várias opções de saídas de formatos, dentre elas o Blu-ray. Aqui funciona mais ou menos como o antigo método, “Send to Compressor”, este que ainda continua firme e forte na parte de baixo da janela:

Resenha do Final Cut Pro 7

Achei impressionante também o export + upload automático para o YouTube e para o MobileMe: ao clicar em Publish, já vemos a integração direta com o site escolhido. Sensacional para quem precisa enviar seus vídeos para a grande rede, e certamente virá a ser uma mão na roda para o usuário.

Resenha do Final Cut Pro 7

Dentre as opções, como falei, temos agora uma em especial: Blu-ray. Ao clicar em Create Blu-ray Disc, vêm algumas opções que nos dão a possibilidade de criar um menu para o disco a ser gravado. Não é uma autoração em modo BD-J que possibilite inúmeras opções de produção de menu, mas certamente já vem a calhar, ainda mais para projetos que não têm a necessidade de autoração personalizada.

Com as marcações certas na timeline, consegue-se inclusive criar um sub-menu de capítulos:

Resenha do Final Cut Pro 7

Resenha do Final Cut Pro 7

Ainda no “Share”, pode-se adicionar mais que uma saída — quantas forem necessárias, na verdade. E o melhor, ao clicar em Export, diferentemente de antes, agora ele faz “Render Background”; assim, enquanto renderiza pode-se continuar trabalhando no FCP.

Resenha do Final Cut Pro 7

Falando em marcações, agora há várias cores delas, assim pode-se adicionar uma anotação para cada tipo de cor e deixá-la como padrão. É uma ótima contribuição para projetos que possuem montador e assistente ou várias equipes: com tudo anotado e separado por cores, padronizam-se os passos e ninguém se perde facilmente.

Resenha do Final Cut Pro 7

Resenha do Final Cut Pro 7

Por último e o melhor, nosso amigo “Speed”. Lembram? Timelines exclusivas para fazer slows e fasts, ou usar clipe no final da timeline, coisas do tipo para quem não era familiarizado com o “Time Remapping”. Agora tudo isso acabou, e de vez. Conheça o novo “Change Speed”:

Resenha do Final Cut Pro 7

Na figura abaixo, você confere a nova tela de velocidade. Continua parecida, porém temos as opções de saídas e controles de easy in ou out usando aqueles presets em forma de flechas; ficou legal. O importante agora é aquela caixa de seleção, “Ripple Sequence”. Com ela desabilitada, o clipe com speed não empurra e nem puxa pra trás o resto da timeline. Nota 10, salva muitas horas de trabalho no final das contas.

Resenha do Final Cut Pro 7

. . .

O novo Final Cut Pro 7 traz em sua bagagem um código aprimorado ao longo dos seus mais de 10 anos e agora em sua nova versão é, sim, uma das mais poderosas ferramentas de montagem de filmes e vídeos. A nova versão ainda vem com diversas outras novidades, como uma janela separada para o timecode que pode ser redimensionada ao gosto e necessidade do editor.

E tão impressionante quanto a “Share”, com uma ferramenta de compartilhamento web pode-se compartilhar em forma de vídeo para uma lista de contatos o preview de dentro da edição, sem necessitar de nenhum render — ou seja, o que estamos vendo, o outro a quilômetros de distância vê também… via iChat! Quem imaginaria recursos como esses, tão bacanas, no tempo da Moviola?

Certamente hoje o Final Cut Pro oferece uma das melhores relações custo/beneficio desse mercado.

Na continuação deste artigo, irei abordar as outras ferramentas que utilizo em meus trabalhos, como o Color, a nova família de codecs ProRes e muita coisa bacana que está contida nessa nova suíte. Aguardem! 😉

[Thiago Porto é montador e colorista freelancer.]

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