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Netbooks: ainda fortes no mercado ou foram esmagados pelo iPad?

Quando subiu ao palco em 27 de janeiro para dizer que “Netbooks não são melhores em nada. Eles são apenas laptops baratos”, Steve Jobs certamente sabia que tal categoria de eletrônico seria usada pelos consumidores e analistas como medida para sua “última criação”. O que a indústria não esperava era que os consumidores fossem levar tão a sério.

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Imagine uma categoria que cresceu, de um ano para outro, 872%. Nada mal, né? Agora imagina a mesma categoria, um ano depois, crescendo apenas 33,6%. Um pessimista vai julgar esse número decepcionante, pra dizer o mínimo, enquanto um otimista vai se fixar no fato de esse ainda ser um crescimento respeitável. O mercado de que estou falando é o dos netbooks — computadores mais leves e menores que laptops tradicionais, mas com menos recursos.

Podemos avaliar o incremento no intervalo 2008–9 como tão astronômico que chegou a quase saturar o mercado — e a época era favorável: no meio de uma crise econômica, as pessoas começam a olhar só pro preço. Nada mais natural que haja uma queda posterior no crescimento, mesmo porque um computador portátil (por mais básico que seja) é um bem durável que não precisaria ser trocado todo ano.

Contudo, o boato de que vários fabricantes de peso no mercado de netbooks (HP, Dell e Acer) teriam diminuído seus pedidos de LCDs depõe contra. Pode ser, portanto, que os minilaptops tenham perdido o ar de novidade e as pessoas estejam em busca de uma categoria de produto que ocupe de forma decente o espaço entre smartphones e notebooks.

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Será que o iPad e a língua solta de Jobs são responsáveis por isso tudo, ou teria sido a má usabilidade dos netbooks que os prejudicou? Será que estamos diante do fim dos minilaptops, ou seria esta apenas uma ilusão de matemágica?

HP Slate
Netbooks sem teclado são melhores?

Eu aposto no seguinte: os netbooks depuseram contra si mesmos (depois de um mês usando um, muitas pessoas devem ter se arrependido) e acabarão dando lugar a tablets — se não a da Apple, as genéricas. Melhor ter um computador de verdade para trabalho pesado, um smartphone/iPod touch* para mobilidade e uma tablet para ter em casa ou no escritório, cuidando de tarefas leves e triviais.

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* Por que não existe nenhum outro “smartphone sem fone” no mercado? Por que não existe um gadget Android que não dependa de telefonia?

[via BusinessWeek]

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