Duas coisas, nós não podemos negar: 1. a primeira impressão é a que fica, e 2. a Apple realmente sabe lançar um produto revolucionário.
Pra mim, são esses os dois principais pontos que definem o lançamento do iPad, ocorrido no último final de semana: um verdadeiro sucesso. No início da noite, na virada de sexta-feira pra sábado, não tinha muita fila na Apple Retail Store da Fifth Avenue, em Nova York, mas com o passar do tempo ela foi aumentando e acabou virando o que vocês conferiram neste post bacana do Rafael.
Falando no iPad, especificamente, tudo começou meio “esquisito” em janeiro, quando Steve Jobs apresentou — meio que sem graça, não dá pra negar — um “iPodão” dizendo que o produto iria revolucionar o mercado mais uma vez. Não demorou nada para os críticos dizerem que ele seria um fracasso total, mas agora os vemos todos mais uma vez queimando a língua. Um produto que não tinha sequer utilidade definida já vendeu mais de 300 mil unidades e gerou um burburinho até exagerado em todo o mundo.
Agora, vamos às minhas primeiras impressões sobre a tablet.
Logo quando peguei a minha caixa da mão de um dos vendedores da Apple já notei o quanto ela é bem acabada, estampando uma foto linda do iPad na frente (em tamanho real) e meio que dando uma vontade instantânea de abri-la.
O iPad é a primeira coisa que você vê quando abre a caixa — com sua tela gigante (principalmente para quem está acostumado há anos com iPhones e iPods touch) e pronto para ativação.
A ativação é super simples — igual à de iPods touch: basta conectar o cabo USB e abrir o iTunes num Mac ou PC. Ainda assim, muitos consideram-na desnecessária.
Voltando à tablet: seu acabamento é sensacional, proporcionando uma “pegada” boa e mais leve do que eu esperava. Ao contrário do que muitos acham, o iPad não escorrega fácil das mãos.
A tela dele tem uma ótima resolução e exibe cores bastante vivas. O problema é que a superfície de vidro ainda suja muito (mesmo com a camada oleofóbica do iPhone 3GS, que foi levada para o iPad), não sei se porque é maior ou se a Apple realmente não conseguiu uma solução definitiva para o problema.
Passei o sábado inteiro brincando com o iPad sem parar e o nível da bateria desceu muito vagarosamente. Tal como já lemos por aí, a promessa de 10 horas da Apple é deveras conservadora; acho que ele chega a 12, facilmente.
· · ·
Alguns aplicativos “HD/XL” que já testei e merecem rápidos comentários:
Real Racing HD, da Firemint
Fiquei impressionado com a qualidade gráfica e com a jogabilidade dele. Eu já gostava desse game no iPhone, mas agora no iPad ele ficou de matar.
Evernote
A interface dele é muito simples e prática: todas as notas ficam organizadas em duas colunas, e para fazer as suas anotações ficou muito mais fácil com o novo teclado virtual do iPad.
TweetDeck for iPad
Ficou legal, é uma boa opção, mas eu ainda o acho bem confuso… Vou me esforçar para tentar entendê-lo depois, tanto no iPad quanto no Mac.
Twitterrific for iPad, da Iconfactory
Simplesmente lindo! Como já me disseram por aí: “Até da vontade de lamber!” Ficou muito interessante e fácil de usar, este é um app que certamente recomendo a todos.
Flight Control HD, da Firemint
O melhor! Já era viciado nele no iPhone, mas agora no iPad você tem muito mais espaço para brincar. Já sei o que vou fazer no caminho de volta para o Brasil… 😉
Revista TIME
Ficou muito melhor que a revista original; esse realmente é um mercado em que o iPad vai matar os concorrentes. Ontem fiquei lendo a revista deitado na cama, superconfortável, e o bacana é que não cansa os olhos, como diziam.
· · ·
Em breve, publicaremos um review completo do iPad aqui no MacMagazine. Enquanto isso, fiquem com mais algumas fotos bacanas do nosso unboxing:
[foto do começo do artigo: NYTimes.com]