[Nota do editor] Bastante empolgado com a nossa nota sobre o iPad sendo usado como cardápio em um restaurante australiano, um leitor que mora em Melbourne (na Austrália) resolveu dar uma passada por lá e nos trazer um parecer real de como é essa experiência.
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por Ângelo Klin
Tenho participado recentemente de um projeto em Sydney e fico hospedado no Rydges World Square, localizado num bairro ao norte da cidade. É lá que fica uma das filiais do MUNDO Global Tapas, a rede de restaurantes que resolveu abandonar cardápios em prol de iPads. Apesar de eu conhecer a sua unidade em Melbourne, ainda não tinha conferido essa novidade.
Resolvi, então, fazer uma visita ao restaurante e experimentar fazer o meu pedido com o iPad. Compareci ao local na segunda-feira (7/6) para confirmar se o novo sistema já estava em funcionamento — mas também para aproveitar a rede Wi-Fi aberta que oferecem como cortesia para os clientes. 🙂
Logo que escolhi uma mesa, o garçom trouxe o iPad me perguntando se eu já sabia da novidade. Eu comentei que tinha visto algo sobre ela na internet e que estava curioso. Ele, então, me entregou a tablet já com o aplicativo de cardápio aberto e na sua página inicial, que indica como ele deve ser usado. O garçom fez uma demonstração rápida, já que o app é simples e o uso do iPad, bastante intuitivo.
O aplicativo — chamado MenuPad e desenvolvido pela firma australiana NetStart — é basicamente uma sequência de telas, em que a inicial é a Ajuda. Depois aparecem as páginas do cardápio, com a indicação do prato/bebida, o valor, um botão com uma interrogação (?) — que mostra uma imagem do prato — e um botão de mais (+) para incluí-lo no pedido.
Em cada página do cardápio há dois botões, no topo: um para retornar às Instruções e outro para ir direto ao resumo do pedido, no estilo carrinho de compras virtual. Para cada item adicionado ao pedido, aparece uma mensagem confirmando que ele foi adicionado.
A partir do resumo do pedido — que contém os itens adicionados e um botão de menos (-) para remover cada um —, é possível enviar o pedido direto para a cozinha. Dica: envie prontamente as entradas e o aperitivo, se o restaurante estiver cheio, e faça outro pedido para o prato principal a seguir. 😉
Mais tarde, o garçom me ofereceu o iPad novamente, perguntando se eu queria “brincar com o aparelho”. Eu disse que sim e perguntei se outras pessoas pedem para vê-lo/usá-lo além de fazer o pedido. O atendente comentou que a tablet ainda é meio novidade e que alguns pedem, mas nem todos.
Usando o botão Home do iPad, é possível voltar à lista de apps. Na unidade usada no restaurante, foram removidos todos os conteúdos e aplicativos possíveis. Até mesmo o Safari tinha sumido. Pude navegar pela App Store, mas fora isto não tem muito o que fazer.
Voltando para o aplicativo, vale notar que, por ora, ele não tem nem um ícone muito detalhado — ao contrário das páginas do cardápio, que respeitam a identidade gráfica do restaurante. Logo quando o MenuPad é aberto, aparece uma página solicitando o número da mesa — coisa que o garçom já tinha preenchido quando me entregou a tablet pela primeira vez.
A única coisa que não funcionou, na minha primeira experiência, foi efetivamente enviar o pedido quando pressionei o botão para fazer a solicitação. Quando fiz isso apareceu uma mensagem de erro, informando para chamar o garçom. Felizmente, em outra visita que fiz outro dia ao restaurante, tudo funcionou perfeitamente.
O restaurante tem pratos e aperitivos inspirados em várias partes do mundo, então vale a pena dar uma conferida nele — não só pelos iPads. 😉