Especialistas do varejo olham para as lojas de varejo da Microsoft como um aluno do 4º ano do Ensino Fundamental olham para um ornitorrinco: com um ar de descrença e dúvida. É uma loja? É um stand de publicidade? Qual o papel delas no grande plano das coisas, afinal?
ISTO, você não vai ver nunca numa Apple Retail Store.
“Não está totalmente claro qual é o objetivo das Microsoft Stores, mas ele não parece ser tanto a questão das vendas quanto é a construção da marca”, disse Phil Baker, um analista e consultor independente. John Jackson, analista da CCS Insight, segue a mesma linha de raciocínio: “Quando você entra numa Apple Store, você está adentrando um mundo Apple, um estilo de vida Apple, e você vê como tudo o que eles fazem pode se encaixar no que você faz em sua vida. A Microsoft nunca teve isso até abrir suas próprias lojas. Acho que um dos objetivos dessas lojas é uma espécie de fator ‘a-há’ de que ‘sim, a Microsoft também tem tudo isso’.”
A mensagem, porém, não alcança todos os consumidores, que não veem grandes vantagens em comprar algo em uma das sete lojas da gigante de Redmond, seja pela falta de variedade de produtos, pelos preços geralmente mais altos que em outros estabelecimentos ou pela falta de opções de customização oferecidas no local. Uma cliente chegou a dizer que “foi como se a Microsoft Store simplesmente não tivesse muitas coisas à venda, e tudo o que tinha lá era o que eu não queria”.
Essas informações vêm de uma reportagem do LATimes.com que aproveitou a presença de uma loja da Apple e outra da Microsoft no mesmo shopping center para fazer uma pesquisa rápida e nada científica: no intervalo de meia hora, quantas pessoas saem com sacolas de compra de cada loja? Na da Microsoft, foram 3; na da Apple, foram 19.
[via Electronista]
