Depois que a Comissão Europeia decidiu eleger o padrão Micro-USB para um recarregador universal de celulares no continente e publicou os padrões para fabricantes passarem a adotá-lo, ficou no ar a pergunta de como a Apple faria para tornar o iPhone conforme a esse acordo do qual ela mesma participou.
De acordo com o Wall Street Journal, os termos do pacto em si são flexíveis o suficiente para permitir que, em vez de abandonar sua porta proprietária de 30 pinos, a Maçã possa adicionar um adaptador que torne o iPhone compatível com um carregador universal.
Eu me pergunto apenas se isso vai permitir que ela se abstenha de colocar um carregador na caixa de futuros iPhones, economizando assim em custos — sem falar que, perdido o adaptador, a utilidade da iniciativa some com ele.
Agora desviando só um pouco o assunto… sou só eu que acho que esse conector de 30 pinos é anacrônico? Ao contrário de tudo o mais em iPads, iPhones e iPods, ele não é nem um pouco esteticamente elegante. Por que essa fenda gigantesca (a ponto de ocupar quase todo o iPod nano de sexta geração) no lugar de uma porta Micro-USB, que é muito mais discreta e visualmente agradável?
Bem, a resposta pode estar na miríade de acessórios e docks que pagam para poder usar o conector de 30 pinos, mas eu duvido muito que a Apple hesite antes de chutar um elemento que ela julgue ultrapassado só porque pode prejudicar consumidores ou parceiros dela. A resposta pode estar simplesmente no fato de os 30 pinos fazerem mais que o padrão USB: além de energia e dados, ele é capaz de transmitir áudio estéreo e vídeo.
Quem sabe, quando surgir um padrão que dê conta de tudo isso, veremos o conector de 30 pinos seguir o rumo da Click Wheel. Talvez alguma futura implementação do HDMI, que seja capaz de conduzir mais energia que a atual, ou até algo totalmente inesperado e mágico.