John Casasanta, da tap tap tap, anunciou cheio de orgulho um marco e tanto alcançado hoje pelo Camera+: depois de um longo hiato, o app voltou com força total e já vendeu um milhão de cópias a US$1 cada, rendendo US$1.000.000 no processo. “E os 30% da Apple?”, você pode perguntar. “E as In App Purchases?”, eu respondo. Mas esses números não são a parte mais suculenta do post: Casasanta não mede palavras na hora de soltar flames.
De cara, ele logo critica a história de medir sucesso usando o número de “aparelhos ativados”, pondo em questão quando foi que “aparelhos vendidos” saiu de moda. Daí ele observa que, medida por medida, o Instagram (“mais novo queridinho do Vale do Silício”) foi altamente aplaudido por ter um milhão de downloads em dez semanas, sem observar que apps igualmente gratuitos precisam de uma performance muito melhor que essa para ao menos aparecer num ranking. O Camera+, mesmo sendo pago, conseguiu essa marca em um terço do tempo: cadê a festa e os parabéns?
Aprofundando-se no tema, Casasanta observa que o modelo de negócios no mundo móvel não necessariamente vai tender ao modelo da publicidade na web, principalmente porque micropagamentos se tornaram uma boa realidade graças à iniciativa da Apple com a iTunes Store, em 2003. O Google, por sua vez, não teria nada que reproduzisse isso, daí a ausência de histórias de sucesso com apps pagos no Android.
Como resultado, o Camera+ continuará sendo exclusivo do iOS e livre de publicidade, pelo menos até que surja alguma razão verdadeiramente atraente para abraçar outras plataformas. Não que o Android seja ruim, ele é apenas diferente: feito para um tipo distinto de usuário e para um tipo particular de desenvolvedor.
Acho que, quanto a isso, há um consenso.
[via TechCrunch]