Após apresentar seu primeiro testemunho no senado norte-americano sobre o “Locationgate”, a Apple não convenceu totalmente alguns políticos, que ainda ficaram com dúvidas sobre a atuação legal da empresa com relação às informações de localização que obtém dos seus usuários. Segundo o AppleInsider, o subcomitê de proteção ao consumidor e segurança deverá sanar essas questões em uma nova audiência, marcada para esta quinta-feira às 10 horas da manhã.
Diferentemente da primeira audiência, na qual Guy Tribble representou as equipes de tecnologia e engenharia de software da Apple, a próxima terá o testemunho de Catherine Novelli, vice-presidente global de relações governamentais. Além dela, Alan Davidson será ouvido em nome do Google e Bret Taylor será o representante do Facebook — outras empresas que também atuam no segmento móvel com serviços de localização. Microsoft, Research In Motion (RIM) e HP/Palm novamente ficaram de fora.
No que diz respeito à Apple, restam dúvidas quanto a seu banco de dados privado que guarda informações de localização dos usuários. Em seu depoimento filmado em Washington, Tribble reiterou um dado importante de uma carta escrita por Bruce Sewell, conselheiro geral da Maçã, a um dos juristas do governo: nela, Sewell teria dito que a empresa compartilha os dados anônimos com uma parceira estratégica, mas a CNET News ressaltou que não ficou claro quem era esta parceira e quais eram os seus planos.
É provável que isso esteja relacionado com o sistema de navegação que a Apple está desenvolvendo, mas surge uma contradição no meio da história: Tribble também disse que o registro de localização do iOS só envia informações pela internet com o consentimento do usuário, mas a Maçã não alertou nenhum dono dos seus iGadgets sobre como pretendia usá-las em seus novos produtos. A discussão ainda vai dar muito o que falar, pelo visto.
