No fim da keynote de abertura da WWDC, Steve Jobs surpreendeu todos com “só mais uma coisa”: além de permitir downloads ilimitados de músicas já compradas na iTunes Store, o iCloud também vai trabalhar com faixas que os usuários tiverem obtido de outras formas (copiadas de CDs, por exemplo). Como?
O executivo ilustrou três formas: sincronização via cabo ou Wi-Fi (que não é exatamente uma nuvem), comprar novamente as faixas na loja da Apple (o que ninguém pretende fazer) ou usar o iTunes Match. Este novo serviço analisa sua biblioteca musical e concede às suas faixas os mesmos benefícios das que foram compradas na loja da Apple. Ou seja, uma música que você gravou de um CD vai contar para o iCloud exatamente como se tivesse sido comprada.
“Isto leva minutos, e não semanas”, explicou Jobs. “Se você tivesse que enviar toda a sua biblioteca para algum serviço na nuvem, isso poderia levar semanas!” Alguém no Google Music Beta deve ter sentido essa. Aliás, Steve Jobs fez questão de mostrar uma tabela comparativa que inclui não apenas o novo serviço da gigante de buscas, como também o Amazon Cloud Player.
Se alguma faixa não for encontrada entre os 18 milhões de músicas que a Apple já tem na iTunes Store, ela será enviada para os servidores da Carolina do Norte — que, por sinal, estão “cheios de coisas caras” e foram mostrados rapidamente [vide imagens acima]. O que for encontrado, será disponibilizado em arquivos com a mesma qualidade do iTunes Plus, ou seja, AAC 256Kbps e sem DRM.
Quanto o iTunes Match vai custar? Apenas US$25 por ano, independentemente de quantas músicas você tiver (e não influencia nos 5GB gratuitos do iCloud). Soa como um excelente negócio, mas infelizmente será limitado aos países que contam com a loja de músicas da Apple — ou seja, nada de Brasil… por enquanto, pelo menos.
[imagens: Engadget]