Como sempre faz, a Apple nos mostrou apenas a pontinha do icebergue em termos de recursos do iOS 5, deixando para os desenvolvedores e usuários descobrirem o resto. A respeito do Twitter, porém, uma coisa importante pode ter ficado mal explicada: até onde vai a integração do sistema operacional móvel com o serviço do passarinho azul e quais os limites para os apps se valerem desse recurso.
O TechCrunch colheu algumas informações sobre isso a partir de um pronunciamento de Ryan Sarver horas depois da keynote de abertura da WWDC, mas uma parte chamou a atenção:
Apesar de Sarver ter se recusado a entrar em detalhes sobre a questão xAuth/OAuth na integração com o iOS, ele disse que há múltiplos modelos de permissão. O que a Apple está usando para a autenticação única do Twitter no iOS 5 concede acesso de leitura e escrita a tweets e a capacidades de enviar DMs. Mas se um app quiser ler DMs [Direct Messages, tweets privados que apenas remetente e destinatário podem ler], ele ainda vai ter que se autenticar no site do Twitter com o OAuth.
Permita que essa informação decante na sua mente. Usar OAuth para ler DMs. Isso significa que, em vez de colocar suas credenciais numa caixinha bonitinha dentro do app, é preciso ir até o site do Twitter (se duvidar, no Safari) para digitar suas informações. Trabalhoso e chato? Sem dúvida, mas a justificativa para isso seria fornecer maior segurança — isso impede que o app de um jogo, por exemplo, acesse suas DMs. Ou não, mas a intenção é essa.
Diante disso, é bom ter em mente o que será e o que não será possível na integração do iOS 5 com o Twitter. Portanto, não ache estranho caso um app como o Echofon ou o Twitterrific mande você para uma página da web para você colocar seus dados de login. Nesse ponto, o app oficial do Twitter vai ter mais uma vantagem sobre as soluções de terceiros — isso sem falar na promoção do cliente oficial bem nas configurações do iOS 5.
