Em uma palestra ao Commonwealth Club, em San Francisco, Walter Isaacson falou sobre detalhes de como foi escrever a biografia de Steve Jobs. O autor contou, por exemplo, que trabalhou na obra com o pensamento de que Jobs a leria eventualmente, algo que nunca chegou a ocorrer — como sabemos, o ex-CEO da Apple se recusou a ver o livro antes de pronto e faleceu pouco antes da publicação.
O regime de Isaacson ao escrever foi intenso: o autor contou que acordava às 9 da manhã e se debruçava sobre a biografia até as 2 ou 3 da manhã do dia seguinte, quando então ia dormir. Enquanto estava longe de seu computador, o autor contou que usava o Dropbox para acessar seu manuscrito. Das conversas que teve com o fundador da Apple, Isaacson revelou que Jobs nunca teve a intenção de eleger um substituto para si, mas sim de colocar executivos de alta capacidade no comando da empresa, pessoas que pudessem conduzi-la de forma competitiva no futuro.
Um assunto que nunca foi abordado, porém, foi filantropia: Jobs se manteve longe de discussões sobre planos acerca do que fazer com sua fortuna depois que estivesse morto. Como sabemos, esse foi um assunto polemizado no meio do ano por um artigo do New York Times, tanto que Bono Vox meio que interveio e defendeu as iniciativas de Jobs. Não muito depois, a Apple iniciou um programa de equiparação de doações que em pouco tempo arrecadou US$2,6 milhões.
A apresentação de Isaacson para o Commonwealth Club pode ser adquirida em áudio por US$1 ou em vídeo, por US$5.
[via AppleInsider]