Uma coisa quase passou despercebida, no relatório publicado hoje cedo pela Apple. Uma das propostas a serem votadas na próxima reunião anual de acionistas da Maçã, que se dará em 23 de fevereiro, requer a adoção de um plano de sucessão mais aberto, compreendendo cinco pontos principais:
- Revisão anual do plano;
- Definição de critérios para a posição de CEO que se reflitam na estratégia de negócios e que sejam usados num processo de avaliação formal de candidatos ao cargo;
- A nomeação e identificação de candidatos internos;
- A adoção de um plano não-emergencial de sucessão pelo menos três anos antes da transição, além da manutenção e revisão anual de um plano emergencial;
- A elaboração e divulgação do plano de sucessão aos acionistas.
O conselho administrativo, porém, é contra a adoção dessas medidas e pede que os acionistas votem igualmente contra a implementação delas. A alegação é que medidas de sucessão razoáveis já são tomadas, mas divulgar esse tipo de informação publicamente poderia resultar em vantagens injustas à concorrência, por revelar objetivos e planos confidenciais da companhia e prejudicar o processo de recrutamento e retenção de executivos. Sem falar que ninguém gosta de pensar numa Apple sem Jobs à frente.
Outra proposta apresentada neste documento já foi comentada aqui no site: a mudança no sistema de eleição de membros do conselho administrativo. A sugestão no documento é de que ela seja derrubada, para evitar que diretores da Apple com amplo apoio de acionistas percam seu cargo por falta de votantes em uma eleição, dada a legislação vigente na Califórnia.
[via ZDNet]