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Mudando de HDD para SSD: o que você precisa saber

Ícones - Fusion Drive, HDD e SSDPara quem possui um portátil da Apple ou um Mac mini com opção de disco-rígido (HDD) principal substituível, uma das opções de upgrade mais interessantes disponíveis hoje em dia é a de instalar um SSD (de terceiros) no lugar dele. Há quem substitua também o SuperDrive (leitor óptico) dessas máquinas por uma segunda unidade de armazenamento, o que é interessante mas não tão cheio de particularidades quanto o primeiro cenário, que visa aumentar o desempenho geral do sistema.

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Diversas fabricantes fornecem kits de upgrade para Macs antigos receberem SSDs — entra aqui meu “jabá” para o SSDNow V300 SATA III, da Kingston, à venda por R$499,90 na MM Store. Embora a interface na qual esses drives de estado sólido se comuniquem não seja a mesma PCIe dos atuais portáteis da Maçã, você ainda consegue obter um ganho de até 5x no desempenho geral da sua máquina — hoje em dia, as memórias flash usadas pela Apple são 10x mais rápidas do que HDDs convencionais!

No passado, esse upgrade também significava maior segurança e confiabilidade garantidos. Mas esses quesitos ganharam algumas complicações ao longo dos anos, das quais tornam importantes alguns cuidados. A seguir temos algumas considerações para usuários interessados na mudança.

TRIM

Discutimos a respeito de TRIM algumas vezes no MacMagazine, mas aqui vai uma versão resumida do que este recurso faz — antes de partirmos para as implicações. Resumidamente, trata-se de uma tecnologia destinada a gerenciar o espaço disponível em SSDs de forma eficiente, criada após a popularização desses drives no mercado.

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No mundo Apple, SSDs apareceram em 2008 no primeiro MacBook Air em opção personalizada, quando esta tecnologia ainda não estava no mercado. Embora eles já fossem absurdamente rápidos de cara, com o tempo ficou notório que esses computadores (e diversas categorias de aparelhos baseados em memória flash, como um todo) tinham risco de ter uma degradação gradual de velocidade de leitura e escrita de dados, o que afeta significantemente o desempenho deles.

Isso acontecia porque, ao contrário de um disco-rígido normal, os SSDs não tinham controladoras com a inteligência necessária para fazer a reciclagem do seu espaço livre após os usuários apagarem/adicionarem arquivos em ritmo normal. Em mundo de discos-rígidos isso nunca foi preocupante, pois a interface magnética desses drives dava conta de sobrescrever espaços anteriormente ocupados com o tempo, sem se livrar dos dados contidos neles assim que arquivos eram excluídos.

Para usuários que começaram a trocar HDDs por SSDs compatíveis na época, empresas como a OWC até tentaram fazer drives com controladoras mais confiáveis se popularizarem, mas o que acabou vingando mesmo é uma tecnologia de software, que cria uma interface de reciclagem automática entre o sistema operacional de um computador e seus drives. A essa tecnologia, damos o nome de TRIM: basicamente, ela aciona o sistema operacional sob demanda para limpar espaços ocupados por arquivos excluídos — de maneira bastante similar a um “coletor de lixo”, para os conhecedores de programação.

O dilema dos SSDs de terceiros

Trim Enabler

Desde o Mac OS X 10.6 Snow Leopard, a Apple oferece TRIM em todos os seus computadores com SSDs. No entanto, por conta de uma decisão de engenharia, esse benefício não é estendido aos Macs que foram atualizados de HDDs usando produtos de terceiros. Até hoje, os usuários dessas máquinas dependem de realizar um hack nos arquivos de sistema para usar o recurso — ou compram aplicativos como o Trim Enabler, da Cindori, para fazer o trabalho “sujo” automaticamente.

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Por muito tempo isso poderia ser feito sem problemas. Mas no OS X 10.10 Yosemite, a Apple adicionou nos seus computadores um requisito de segurança chamado kext signing. Foi a mais recente de uma série de medidas para impedir um Mac de funcionar caso o seu software tenha sido comprometido — similar a controles implementados em aparelhos iOS para não permitir a quebra do seu firmware via jailbreak.

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Basicamente, o que ele faz é impedir um Mac de ligar com extensões de kernel alteradas sem autorização — e elas são necessárias para habilitar TRIM em SSDs de terceiros no OS X. Quem usa essas soluções precisa desativá-las antes de instalar atualizações do OS X ou limpar o cache do sistema durante, digamos, uma rotina de manutenção executada por um utilitário como OnyX ou Cocktail.

Se o usuário esquecer de fazer isso, ele pode acabar com o computador preso em uma tela cinza e o procedimento para desfazer isso não é muito amigável. Logo, usar o Trim Enabler acaba virando uma necessidade, visto que ele exige pouca interatividade (no caso, um clique de mouse) para alterar as extensões de kernel e restaurá-las ao padrão de fábrica quando necessário para outras tarefas.

NVMExpress

NVMExpress no OS X Yosemite

NVMExpress no OS X Yosemite

Por mais que a Apple empregue proteções que dificultam o uso de soluções de terceiros, ela também trouxe este ano possibilidades de melhoria no desempenho de SSDs que impactam diretamente os usuários. No OS X 10.10.3, ela adicionou o suporte ao NVMExpress, um novo protocolo de comunicação para drives PCIe, agora disponível em toda a linha de portáteis.

A novidade visa ajudar na padronização da interface para armazenamento de alta velocidade, reduzindo a latência e adicionando paralelismo no processamento de operações de leitura e escrita. O protocolo foi desenhado para subsistir o uso de AHCI, implementação criada pela Intel durante o desenvolvimento do Windows Vista, disponível no mercado desde 2007.

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