A Apple já confirmou: 9 de setembro é o dia! Nessa quarta-feira nós muito provavelmente vamos conhecer os “iPhones 6s/6s Plus” e a nova/aguardada Apple TV — quem sabe também novos iPads, veremos.
Nós já falamos bastante aqui no MacMagazine sobre os rumores envolvendo esses produtos, mas Matthew Panzarino (do TechCrunch) publicou um artigo cheio de informações suculentas sobre essa nova investida da Apple no mercado de TV. E se ele estiver mesmo certo, a coisa promete!
Para começar, Panzarino “confirmou” que a quarta geração da Apple TV terá um novo design/hardware e que contará com um processador A8 dual-core o qual tem capacidade suficiente para suportar o novo software (visual com mais efeitos e uma navegação por grandes bibliotecas de conteúdo bastante melhorada).
É verdade que os novos iPhones deverão ter o processador A9, mas o grande diferencial aqui é que a Apple TV fica 100% do tempo plugada na tomada. Assim, a Apple conseguirá fazer miséria com o chip A8, algo que não foi possível com iPhones 6/6 Plus e com o iPad Air 2 já que eles dependem bastante da bateria — quanto mais você exige do processador, mais energia ele consome. E isso não se resume à Apple, é claro: desenvolvedores de apps e jogos poderão explorar todo esse potencial do chip A8 presente na nova Apple TV.
Dessa forma, ao liberar um SDK (software development kit, ou kit de desenvolvimento de software) para o mundo, a Apple quer criar *a plataforma* televisiva definitiva.
Essa nova Apple TV, como já falamos, deverá ter um novo controle remoto bem diferente do atual, com botões físicos, touchpad e um microfone para que possamos controlar tudo por voz, graças à presença da Siri (assistente virtual presente em iPads, iPhones e iPods touch). Mais do que isso, ele terá sensores que captarão nossos movimentos (à la controle remoto do Wii) — imaginem as possibilidades para jogos!
E anexado a isso temos uma plataforma para filmes que está madura, aplicativos de conteúdo e novas classes de apps para automação e controle residencial que nós nem começamos a ver ainda.
Paralelamente temos o suposto serviço de streaming de vídeos da Apple que, até onde sabemos, está demorando para sair do papel por conta das difíceis negociações com provedores de conteúdo. É bem fácil imaginar o motivo disso, afinal, se esse serviço for mesmo lançado e fizer sucesso, poderia ameaçar muita gente do mercado — não é à toa que essas empresas de TV a cabo estariam pedindo muito dinheiro para viabilizar tudo isso.
Pois aí entraria a tacada de mestre da Apple:
Eu tenho falado com algumas pessoas bem inteligentes as quais sugeriam que, ao construir uma plataforma, a Apple está gerando uma vantagem que poderá causar um ótimo efeito nessas negociações. Uma oferta de set-top box de mercado intermediário é uma coisa, mas uma enorme, estrondosa plataforma com uma trajetória ascendente de dominação de apps e de conteúdo de terceiros na sala de estar é outra coisa. Se, obviamente se, a Apple tiver sucesso com a Apple TV, ela poderá se colocar numa posição de dominar o conteúdo de um modo que nenhuma outra plataforma de TV “inteligente” conseguiu até agora.
Ou seja, essa Apple TV chegaria já com muitas novidades interessantes para usuários mas também serviria para a Apple fincar de uma vez por todas o pé nesse mercado. Aí, com uma plataforma já estabelecida e com uma enorme vantagem competitiva, os provedores de conteúdo vão querer participar disso de qualquer forma (mesmo a contragosto — vide o histórico da criação da iTunes [Music] Store).
Os rumores sobre essa Apple TV com Siri e uma loja de aplicativos não são nada novos. Mas por que então está demorando tanto para a Apple lançar esse produto? De acordo com as fontes de Panzarino, a empresa vem polindo o produto como um todo há bastante tempo — e, segundo essas mesmas fontes, a experiência de usar essa Apple TV deixa os chamados televisores inteligentes no chinelo.
