O melhor pedaço da Maçã.
Tim Cook

Em entrevista, Tim Cook levanta novamente a bandeira de privacidade dentro da Apple

Nesta semana nós informamos que a Apple atualizou sua página de privacidade com uma série de detalhes sobre seus últimos softwares/serviços. Pois privacidade é realmente uma bandeira que a empresa está levantando ultimamente. Seja por crenças pessoais de Tim Cook e sua equipe ou até mesmo por uma questão comercial (afinal, a Apple não depende de dados de usuários como o Google para ganhar dinheiro e pode muito bem usar isso como uma “arma” contra a gigante de buscas), o que importa é que nós, usuários, ganhamos bastante com isso.

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Cook foi entrevistado por Robert Siegel (da NPR) e falou mais sobre o assunto. Muita coisa é repetição de outras entrevistas e depoimentos dele, como por exemplo os pedidos de governos por informações de determinados usuários (a Apple só fornece isso quando os pedidos são feitos legalmente, através da justiça). Porém o CEO da Maçã voltou a afirmar que privacidade está no centro dos serviços e apps da empresa. Ou seja, quando eles são criados, tudo isso é levado em consideração. Então, basicamente, em muitos casos a Apple não tem o que fazer já que toda a comunicação dos seus usuários é protegida/criptografada (caso do iMessage e do FaceTime).

Uma das partes que me chamou a atenção foi que, segundo Cook, a Apple não cria backdoors para governos ou coisas parecidas por um simples motivo: da mesma forma que isso poderia ser utilizado para o bem (uma investigação envolvendo algum suspeito de terrorismo, por exemplo), também poderia ser utilizada para o mal. Então, de acordo com ele, a empresa simplesmente não opta por esse tipo de coisa.

É claro que a Apple tem, sim, acesso a dados de usuários (ela sabe por exemplo todos os apps e músicas que eu comprei/escutei no ecossistema dela). A diferença, segundo Cook, é que essas informações são utilizadas apenas para recomendar mais apps e músicas de acordo com o meu gosto (algo que o usuário entende ser um bom uso de questões envolvendo privacidade). Não há, por exemplo, um cruzamento de informações (a Apple não vai pegar a informação de que eu gosto de uma determinada banda e estampar um banner do iAd em algum app para divulgar o show dessa mesma banda, por exemplo — exatamente o que o Google faz).

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É mais do mesmo, mas para quem se interessa pelo assunto vale a pena escutar/ler a entrevista. Como curiosidade, no final da conversa Siegel pergunta sobre a possibilidade de a Apple estar mesmo desenvolvendo um carro. Cook, é claro, sai pela tangente e se nega a responder a pergunta *algumas vezes*. 😛

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Numa nota relacionada, a Campanha de Direitos Humanos (The Human Rights Campaign) anunciou nesta semana que dará a Cook o Prêmio de Visibilidade no 19º evento nacional que acontecerá hoje (sábado, 3 de outubro). Cook receberá a homenagem por ser uma figura pública importante que luta pela igualdade de diretos.

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Tim Cook é um visionário cuja liderança na Apple tem sido nada menos do que notável. Sua disposição para falar corajosa e diretamente a sua verdade não tem dado apenas esperança para inúmeras pessoas ao redor do mundo, está salvando vidas. Através do seu exemplo e compromisso da Apple com igualdade, os jovens LGBT, em particular, podem olhar a incrível carreira de Tim Cook e saber que não há nada os segurando. Eles podem sonhar tão grande quanto suas mentes lhe permitem, mesmo se eles querem ser o CEO de uma das maiores empresas do mundo. A HRC tem a honra de acolher Tim para o nosso Jantar Nacional.

Chad Griffin, presidente da HRC.

Mais do que merecido.

[via AppleInsider: 1, 2]

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