Após um primeiro trimestre tenebroso, as coisas parecem estar começando a melhorar para as fabricantes de smartphones ao redor do mundo — ao menos na teoria.
De acordo com a firma de pesquisa de mercado Canalys, o mercado dos telefones inteligentes voltou a crescer após a primeira queda ano-após-ano da história: no total, foram cerca de 330 milhões de unidades despachadas no segundo trimestre de 2016, o que, em comparação com o mesmo período do ano passado — considerado decepcionante pela indústria —, representa uma leve subida. Em comparação com o primeiro trimestre deste ano, entretanto, as coisas ficaram mais ou menos no mesmo patamar.
Quem continua firme e forte em primeiro lugar na participação de vendas é, obviamente, a Samsung, que despachou 80 milhões de unidades no último trimestre — de acordo com o analista sênior da Canalys Tim Coulling, por fatores que incluem o sucesso do Galaxy S7 e a jogada acertada da empresa no segmento da realidade virtual com o Gear VR (que vem sido incluído como brinde nas vendas de alguns modelos da sul-coreana).
A Apple manteve o segundo lugar de market share, com cerca de 40 milhões de iPhones despachados, mas não tem muitos motivos para comemorar: é o segundo declínio anual em envios para a empresa de Cupertino. Quanto a isso, o analista Rushabh Doshi afirma que o lançamento do iPhone SE não contribuiu para uma melhora do desempenho da Apple no segmento — meio que contradizendo o que disseram os próprios executivos da companhia.
Envios em mercados com potencial de crescimento, como a China e a Índia, viram muito pouco crescimento porque o preço do aparelho o deixou de fora do mercado de massa, que geralmente vê um número forte de despachos. Os consumidores preferiram optar por fabricantes locais, cuja qualidade de construção e especificações são uma alternativa com melhor custo/benefício.
Seguindo a lista, a Huawei permaneceu em terceiro lugar com 31 milhões de unidades despachadas e uma segura e saudável liderança na China, o maior mercado consumidor do mundo. É sempre bom lembrar que os números que tratamos aqui referem-se a envios de unidades, e não vendas, então pode ser que nem todas estas unidades despachadas tenham sido efetivamente entregues a consumidores.
De qualquer forma, está mais claro que nunca que é hora da Apple se mexer — o marco do bilionésimo iPhone vendido é bacana, mas obviamente engloba a performance do aparelho desde os seus primórdios em 2007.
[via AppleInsider]