Que a Apple e a Samsung são as empresas mais bem-sucedidas no ramo dos smartphones, não é nenhuma novidade — mas alguns números divulgados pela firma de serviços financeiros Canaccord Genuity ajudam a colocar em perspectiva o quão as duas empresas estão na frente da concorrência em termos de prosperidade financeira.
A firma concluiu que, no segundo trimestre de 2016, a Apple continua sendo responsável por boa parte do lucro de toda a indústria dos dispositivos móveis — mais precisamente, 75% dele. Parece ótimo, mas é uma boa queda em comparação com o ano passado, quando Cupertino arrebatou 91% dos lucros no mundo dos smartphones; apesar disso, a Apple ainda é a companhia com maior margem de lucro no segmento, com um índice de 38%.
Tirando ela, apenas a Samsung consegue lucrar com os aparelhinhos, e viu uma boa subida nos últimos tempos. No último trimestre, ela foi responsável por 31% do lucro do setor — contra 19% no mesmo período do ano passado. A sul-coreana opera com uma margem de lucro de 17%, também a segunda maior.
Se você está estranhando que a soma acima resulta num número superior a 100%, é porque você está certo: todas as outras fabricantes de smartphones perderam dinheiro (Microsoft, Lenovo, LG e HTC) ou ficaram no zero (Sony e BlackBerry) no último trimestre, ou seja, apresentaram porcentagens negativas ou nulas.
Impressionante notar que tanto a Microsoft quanto a HTC operam com perda de abismais 22% — ou seja, para cada 100 dólares gastos na produção de smartphones, apenas 78 voltam para os cofres das empresas.
Por que outras empresas que não a Apple e a Samsung ainda se dão ao trabalho de produzir celulares, então? A resposta não é exatamente clara, mas uma atração para o ecossistema próprio de cada empresa ainda é o motivo mais forte.
É bom lembrar que as companhias chinesas não aparecem na pesquisa porque Pequim não exige que elas liberem informações sobre seus lucros e dividendos — caso Huawei, Xiaomi e companhia limitada figurassem na lista, certamente veríamos mais números positivos considerando seus sucessos recentes.
[via The Next Web]