Na última sexta-feira (1º/10), Tim Cook esteve no Utah Tech Tour, nos Estados Unidos, para uma sessão de perguntas e respostas a qual trouxe diversos assuntos à tona. Entre discursos motivacionais e propagandas que só ele sabe fazer, o CEO da Apple conversou sobre as suas experiências, deu dicas de empreendedorismo e também falou sobre privacidade e Steve Jobs.
Conduzindo e iniciando a sessão, o senador Orrin Hatch perguntou quais qualidades um empregado precisa ter para trabalhar na Apple. Cook respondeu que, além de inteligência, determinação e curiosidade, as pessoas precisam trabalhar bem em equipe pois mesmo quem é muito bom não consegue fazer tudo sozinho. Além disso, ele também citou que procuram pessoas que não aceitam o status quo, que buscam sempre fazer do mundo um lugar melhor.
Senator Hatch and @tim_cook greeted a group of elementary and middle school students earlier for some selfies. #UtahTechTour #UTC #utpol pic.twitter.com/r1q4A8CrwD
— Senator Hatch Office (@SenOrrinHatch) 1 de outubro de 2016
Senador Hatch e @tim_cook cumprimentaram um grupo de alunos do ensino fundamental e médio mais cedo para algumas selfies. #UtahTechTour #UTC #utpol
Na plateia, uma aluna do sexto ano o perguntou como ele se tornou CEO da Apple. Explicando que foi uma longa jornada, ele disse que “nunca achou que seria possível”, mas que acreditava que algo ótimo iria acontecer. Até que “a ligação da sua vida” veio em 1998; apenas cinco minutos de conversa com Steve Jobs o fez querer largar tudo e se juntar à Apple — e esta seria a melhor decisão que já tomou. Com esse discurso, motivou todos a estudarem, darem o seu melhor no trabalho e acreditarem que essas coisas os levarão a uma jornada incrível.
Ao ser perguntado sobre privacidade e segurança, Cook afirmou que “este é um dos maiores problemas que enfrentamos”, mas pareceu orgulhoso do trabalho que a Apple faz e do modo como se portou ao se negar em criar uma backdoor no iOS para o FBI.
Achamos que nós temos a responsabilidade de proteger nossos clientes. Acreditamos que a única maneira de proteger tanto a sua privacidade quanto a sua segurança de um ataque é criptografar. Nós nos empenhamos e baseamos nosso princípio nisso. Algumas pessoas acabam achando criptografia algo ruim, mas ela é ótima e não seriamos uma sociedade segura sem ela.
Cook também revelou o principal objetivo da Apple quando um designer pediu dicas sobre negócios e empreendedorismo. Ele respondeu certeiramente dizendo que, primeiro, seria preciso escolher dentre estes três objetivos: serem os melhores, serem os primeiros ou fazerem o máximo possível. Depois disso, bastaria seguir um desses caminhos.
Há empresas que pensam que ser o primeiro é o que importa mais. Para a Apple, ser o melhor é o que mais importa. A Apple não lançou o primeiro player de MP3; o iPod não foi o primeiro, ele foi o primeiro player moderno. A Apple não lançou o primeiro smartphone, o iPhone foi o primeiro smartphone moderno. A Apple não foi a primeira a lançar tablets — na verdade, a Microsoft já tinha tablets no mercado há muito tempo, ninguém os usava porque eles não eram bons [risos], mas eles já existiam. Nosso objetivo é criar os melhores produtos e, se não conseguimos fazer isso, descartamos. Nós não nos sentimos envergonhados por demorar um pouco mais até acertarmos.
Por fim, Cook respondeu ao senador Hatch, que perguntou sobre como a empresa mantém o “espírito de motivação” de Jobs.
Seu espírito será sempre o DNA da empresa. A visão de Jobs era fazer os melhores produtos que enriquecem a vida das pessoas. Muitas coisas vão mudar na Apple, mas isso nunca vai mudar. Esse pensamento deixa muitas decisões mais fáceis de serem tomadas, é mais fácil dizer “não vamos fazer isso pois não enriquece a vida das pessoas”.
No vídeo (não-oficial), além de todos esses assuntos, Cook também fala um pouco sobre fotografia no iPhone 7 e realidade aumentada. Confira toda a entrevista:
[via MacRumors]