O melhor pedaço da Maçã.
Steve Jobs apresentando o primeiro iPhone

10 anos de iPhone: que tal relembrar algumas reações de quando o aparelho foi anunciado?

Ontem, nós comemoramos junto da Apple o aniversário de dez anos do queridinho da empresa, o iPhone. Todos estão cansados de ler e escrever sobre o quão revolucionário foi este aparelho. Hoje em dia, sabemos muito bem disso e reconhecemos, é claro; mas você se lembra de como as pessoas reagiram à chegada de um dispositivo inovador, com tela multi-touch, iPod “embutido”, telefone, internet… tudo junto?

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Como é sempre bom rir lembrar, o Telegraph fez um compilado de reações e “predições” que, com toda certeza, podemos dizer que erraram (e feio).

Steve Ballmer: “Não há chance de participação significativa no mercado”

Para começar já rachando o bico, o CEO da Microsoft (naquela época), Steve Ballmer, deu belas risadas da Apple ao ser perguntado sobre o novo aparelho da Maçã. Segundo ele, o iPhone seria um produto de “nicho” e que a Microsoft dominaria o mercado de smartphones.

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Não há nenhuma chance de o iPhone conquistar uma parcela significativa do mercado. Nenhuma chance. É um item subsidiado de US$500. Eles podem ganhar muito dinheiro. Mas se você realmente dar uma olhada no 1,3 bilhão de telefones que são vendidos, eu prefiro ter o nosso software em 60%, 70% ou 80% deles do que ter 2% ou 3%, que é o que a Apple pode ter.

É sempre bom lembrar que no terceiro trimestre de 2016, o iPhone abocanhou 11,5% do mercado; já o Windows Phone ficou com 0,4%… 😜

TechCrunch: “Nós prevemos que o iPhone vai ser um fracasso”

Escrevendo sobre o “futuro” da tecnologia, Seth Porges falou que o aparelho da Apple havia sido anunciado sem que estivesse pronto, afirmando que a tela sensível ao toque seria inútil.

Esse teclado virtual será tão útil para escrever emails e mensagens de texto quanto um telefone de disco. Não se surpreenda se uma parcela considerável de compradores de iPhone expressarem algum remorso por terem trocado seus BlackBerries quando eles gastarem uma hora a mais ao dia para enviar emails.

Em inglês, a frase utilizada por Porges foi “[…] the iPhone Will Bomb”. Talvez, se tivessem dito isso sobre o Galaxy Note7, a predição estaria correta. Desculpe, desculpe… eu não resisti!

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É hilário ler isso, mas ele não estava errado sobre tudo — ao menos as partes que fala sobre a pouca bateria e a fragilidade das telas realmente fazem sentido.

Nokia: “Isso não muda nosso modo de pensar”

Nokia E65, modelo da mesma época do lançamento do iPhone

Nokia E65, modelo da mesma época do lançamento do iPhone

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Antes da chegada do iPhone, todo mundo tinha um Nokia (eu já tive um e você, a menos que seja novinho[a], provavelmente já teve). Na época, dirigida por Olli-Pekka Kallasvuo, a Nokia era a maior empresa de smartphones do mundo e não pareceu se abalar pela chegada do novo “companheiro”.

Eu não acho que o que vimos até agora (da Apple) é algo que, de qualquer forma, nos exigiria mudar o nosso pensamento em se tratando de abertura, nosso software e abordagem de negócios.

Mas o fato de que a Apple está entrando no mercado, em geral, acho que vai estimulá-lo, está muito claro. Acho que vai ser bom para a indústria e eu recebo isso de bom grado.

Em 2010, Kallasvuo foi substituído por Stephen Elop que, um ano depois, escreveu uma nota a seus empregados dizendo que a empresa não conseguiu se adaptar.

John Dvorak: “A Apple deveria ter desistido do iPhone”

Um mercado pode mudar drasticamente do dia para a noite e, em tecnologia, isso parece acontecer muito mais recorrentemente do que as empresas gostariam. Mas parece que John Dvorak não levou isso em conta quando afirmou que não haveria mais lugar no mercado mobile por conta do duopólio Nokia e Motorola.

O problema aqui é que, enquanto a Apple pode se sair bem no quesito moda tão bem quanto qualquer outra empresa, não há nenhuma evidência de que ela possa ser rápida o suficiente. Estes telefones entram e saem de moda tão rapidamente que, a menos que a Apple tenha meia dúzia de variantes, seu telefone, mesmo se imediatamente bem sucedido, será esquecido dentro de três meses.

Não há nenhuma probabilidade de que a Apple possa ser bem sucedida em um ramo tão competitivo. Mesmo no ramo em que é claramente pioneira, o de computador pessoal, ela teve que competir com a Microsoft e só consegue sustentar uma fatia de mercado de 5%.

A parte mais hilária da publicação é quando ele diz que a Apple está arriscando a sua reputação e que, se ela fosse inteligente, passaria o iPhone para algum “otário” fabricar com a renda de outros. A melhor parte? “Ela deveria fazer isso imediatamente antes que seja tarde. A Samsung poderia ser uma candidata.”

BlackBerry: “É só mais um competidor”

iPhone (Apple) vs. BlackBerry (RIM)

É apenas mais um participante em um espaço já muito cheio, com muitas escolhas para os consumidores. Mas em relação a isso mudar algo para o BlackBerry, eu acho exagero.

Adiante dez anos e… a empresa anunciou no ano passado que não vai mais produzir celulares.

The Telegraph: “Impressionantemente simples”

É claro, por ser o veículo que reuniu essas pérolas, o Telegraph não ficaria fora dessa. Mas, diferentemente dos citados acima, eles puderam testar primeiro o novo aparelho para, então, dar o veredito.

Eu não me desculpo nem um pouco por meu entusiasmo por este dispositivo. É simplesmente um dos mais belos gadgets que eu já testei. É, ao mesmo tempo, incrivelmente simples e surpreendentemente inteligente, a interface à prova de idiotas faz um ótimo trabalho de distraí-lo para evitar pensar que, na verdade, o iPhone é — para todos os efeitos — um computador de mão; ele executa uma versão despojada do aclamado sistema operacional de computador da Apple, o OS X, e essa é uma das razões pelas quais os hackers têm investigado o iPhone com tanto entusiasmo: quase cheiram o poder da computação latente escondido dentro dele.

Para não dizer que tudo são flores, eles não esqueceram de citar a falta de 3G e o fato de que estava disponível em apenas uma operadora lá no Reino Unido (assim como nos EUA).

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Isso, é claro, apenas para citar alguns!

Os comentários acabaram sendo muito divertidos pelo fato de que a história foi um pouco (muito?) diferente do que a maioria previu. Mas, de qualquer maneira, é bem interessante perceber como as coisas mudam sem que a gente perceba.

Aliás, se você já está nessa onda nostálgica, que tal dar uma olhada nos nossos próprios reviews das gerações do iPhone? Não temos desde o primeiríssimo, mas se você se diverte lendo e comparando, assim como eu, aqui estão todas as que já fizemos: iPhone 3GS, iPhone 4, iPhone 4s, iPhone 5, iPhone 5s, iPhone 6s, iPhone SE e iPhone 7 Plus.

[via Daring Fireball]

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